Assassinato no Expresso do Oriente, da icônica Agatha Christie. Lançado em 1932 e, em seu ano de estreia, o livro vendeu mais de 3 milhões de cópias e foi o livro mais popular da autora na época, consequentemente, o que a tornou mais reconhecida, considerado um dos clássicos de romance policial. Agatha viveu 85 anos e foram os 85 anos muito bem vividos. Aventureira e apaixonada por um bom mistério, a autora criou um legado e se tornou a inspiração para muitos escritores do gênero.
Nesta semana, exatamente no dia 30, o filme Assassinato no Expresso do Oriente adaptação do homônimo de Agatha Christie, estreará nos cinemas de todo o país e contará com um elenco de tirar o fôlego. Não é sempre que temos Willem Dafoe (Harman), Johnny Depp (Ratchett), Michelle Pfeiffer (Mrs. Hubbard), Judi Dench (Princesa Dragomiroff) e Leslie Odom (Coronel Arbuthnof) e, claro, Kenneth Branagh (Detetive Hercule Poirot) num mesmo filme e, por isso, que escolhi hoje para falar sobre o livro, antes da estreia nos cinemas.
O detetive aposentado, Hercule Poirot, um dos personagens mais importantes da autora Agatha Christie, volta à ação novamente e dessa vez ele investiga um caso sozinho.
Ele havia acabado um trabalho na Síria e, antes de voltar à Inglaterra, resolve parar no meio do caminho, em Istambul, Turquia, pois sempre ia apenas de passagem pela cidade e queria finalmente ter um momento para explorar, entretanto, quando chega ao hotel em Istambul, um telegrama o aguarda e, mais uma vez, o impede de regozijar do passeio tão almejado e precisa voltar imediatamente à Inglaterra. Então consegue, com a ajuda de Bouc, diretor da companhia de trem, uma acomodação no trem, pois, de forma misteriosa, as pessoas resolveram viajar todas ao mesmo tempo em pleno inverso rigoroso até a Inglaterra e o trem se encontra lotado, o que o impediu de viajar na 1ª classe como de costume, mas como o que ele precisava resolver na Inglaterra era de suma importância, aceitou embarcar na 2ª classe mesmo assim. O que, provavelmente os passageiros, não contavam.
Já no trem, com uma viagem longa garantida, Hercule Poirot acaba conhecendo os outros passageiros, todos eles de vários lugares do mundo. Americanos, Russos, Ingleses, Belgos e assim por diante. Cada um que conhecia, já ouviu falar sobre o detetive devido a sua inteligência em desvendar casos fora do comum, afinal, o detetive tinha uma reputação e tanto.
Em todos os passageiros, apenas um o incomodou. O senhor Ratchett. Um homem misterioso e que fez uma péssima impressão a Hercule. Enquanto se encontrava no vagão-restaurante, Ratchett o procura e diz que alguém quer matá-lo e oferece a Hercule o serviço, mas o detetive se nega, pois não está interessado em ajudar o prepotente Ratchett.
Do lado de fora do trem, à viagem continua, mas muita neve cai. Na primeira noite da viagem, pouco mais de meia noite e meia, há movimentação dentro do trem, portas se abrem e fecham, dá-se para ouvir os movimentos em cada compartimento dos vagões, vozes resmungando, uma verdadeira comoção e o trem para. Hercule desperta e ao pedir uma água mineral para o chefe de pessoal, descobre que o trem está parado, devido a uma nevasca, entre Vinkovci, Iugoslávia e Brod, Bosnia.
Para ele tudo parece normal, até o dia seguinte chegar e descobrir que houve um assassinato no trem e, a vítima, era ninguém menos que Ratchett, o homem que pediu ajuda a Hercule Poirot no dia anterior, que levou muitas facadas e, devido às circunstâncias dos ferimentos, percebeu que havia um mistério por trás daquela morte, pois mais de uma pessoa o esfaqueou, ainda mais após descobrir em uma analise do corpo, que Sr. Ratchett não era quem se dizia ser. Ele era Cassett, um americano chefe do bando que raptava pessoas nos Estados Unidos, uma pessoa cruel e desalmada, que quando foi descoberto, escapou para a Europa e mudou seu nome. Eis que descobre o motivo do assassinato e, cada vez que analisava as evidências dentro da acomodação de Ratchett (Cassett), mais intrigado Hercule Poirot ficava. Para o detetive, todos são suspeitos e ele precisava ouvir um por um dos passageiros, inclusive as pessoas que trabalhavam no trem.
Com a maestria de Agatha Christie, somos apresentados a todos os suspeitos e passageiros, “ouvindo” a versão de cada um e nos confundindo. Cada vez mais, o assassinato de Ratchett fica mais intrigante. E o desfecho é sensacional. A primeira vez que li Assassinato no Expresso do Oriente, foi há mais de 10 anos e ainda me pego pensando e refletindo sobre essa trama misteriosa e muito bem feita. Valeu a pena cada página lida.
Não conhece a história? Não perca tempo, até porque em breve poderemos apreciar a versão adaptada do livro para os cinemas.
Disponível em: SARAIVA