Inúmeras são as histórias em quadrinhos que ao longo dos anos, trouxeram aos leitores diversas perspectivas da jornada do Cavaleiro das Trevas no Universo DC, visto que a sua maneira, cativaram o público com roteiros e ilustrações marcantes que são lembradas ano após ano independente do período de seu lançamento. Mas o que poderíamos esperar de novo na obra de Sean Murphy e Matt Hollingsworth, Batman: Cavaleiro Branco? Com toda a certeza, a resposta seria tudo.
Atenção: os parágrafos a seguir contêm spoilers.
Não há como negar que a “relação” de herói e vilão, entre Batman e Coringa (Jack Napier) protagonizou e rendeu diversas histórias nos quadrinhos, muitas delas marcantes. Claro que ao longo dos anos, surgiram outros “inimigos da justiça”, que deram um certo trabalho ao Cavaleiro das Trevas e seus companheiros vigilantes, contudo, nada chegou aos pés das crueldades cometidas por Napier. E se em meio a tanto caos e desordem fossemos apresentados a um novo ponto de vista quanto ao significado de certo e errado?
É aí que entra Batman: Cavaleiro Branco, o qual de maneira despretensiosa traz ao leitor uma magnífica e única narrativa, em que os valores de certo e errado são virados do avesso, chegando um momento em que você se vê concordando com a linha de pensamento de Napier, enquanto discorda das atitudes de Bruce. Todavia, será que esse lado “heroico” e justo de Jack se manterá firme por muito tempo?
Fica notório ao longo da trama que não apenas Bruce e Jack tiveram novos “lados” expostos, visto que outros personagens como Arlequina (Harleen Frances Quinzel), Jim Gordon, Asa Noturna, Batgirl, e ninguém menos que a própria cidade de Gotham, que se vê cansada das “atitudes destrutivas” de Batman para com a população mais carente. Ainda assim, o que chama a atenção é a forma como os artistas do título conseguem unir roteiro, ilustrações e cores de uma forma singular a fim de transmitirem a ideia, de que sem sombra de dúvidas, já deve ter passado pela mente de qualquer leitor das histórias em quadrinhos do herói, a de Napier derrotando seu maior “inimigo”.
Portanto, a obra de Murphy com Hollingsworth é uma excelente recomendação de leitura para novos e antigos fãs do maior vigilante de Gotham, os quais serão levados a uma viagem sem igual em uma história que deixará a todos admirados em como é possível ver a “queda do morcego” pelas mãos de um Coringa normal, astuto e mais esperto do que se pode imaginar.