Desde o primeiro livro da série, A Biblioteca Invisível, o qual leva o mesmo nome da série, percebemos o cuidado que a autora tem com todos os detalhes da história. O primeiro livro é bom, mas o segundo é de tirar o fôlego e nos encher de adrenalina em todas as cenas de ação que acontece em A Cidade das Máscaras.
Antes de falar do segundo livro, preciso explicar um pouco da história só para relembrá-los sobre o que é esta série.
A Biblioteca Invisível, distribuído no Brasil pela Editora Morro Branco que, aliás, me conquistou com todos os livros que recebi até agora, diga-se de passagem, a série é uma fantasia que todo bom leitor vai se identificar, pois fala sobre livros. A Biblioteca Invisível nada mais é do que uma biblioteca que arquiva todos os livros raros e especiais de todos os alternativos. Os alternativos significam que existe as mesmas cidades em mundos diferentes, por exemplo, há várias Londres, mas cada alternativo de Londres está em época diferente, algumas com tecnologias avançadas e outras em uma época vitoriana (esse é o único jeito que consegui definir os alternativos e que fica mais fácil de entender), nesses alternativos podem haver Ordem e Caos (o que o nome já diz o que significa), com seres completamente diferentes ou, até mesmo, humanos normais vivendo com esses seres fantasmagóricos. No caso da série, o Caos só acontece com Feéricos que aparece para causar um pouco de desordem, ou até mesmo uma guerra. Mas não são apenas os Feéricos que podem causar tamanha desordem, pelo contrário, existem Bibliotecários revoltados que podem se aliar aos Feéricos para que a Guerra aconteça.
Já a ordem pode ser um lugar onde a organização é maior e prevalece em cima de qualquer maldade, e existe alguns alternativos que tem somente a Ordem e outros que existe somente o Caos e há os que Ordem e Caos se misturam, que é o Alternativo onde Irene e Kai fazem residência desde A Biblioteca Invisível.
A Cidade das Máscaras é um alternativo onde o Caos predomina, e nada mais é que em Veneza, a cidade que comemora o Carnaval o ano inteiro, onde andar de máscaras é completamente normal. Kai, além de assistente de Irene, é um Dragão e inimigo número 1 dos Feéricos, e é raptado pelos Feéricos que tem como objetivo criar o Caos no alternativo onde Irene e Kai vivem, ou melhor, espiam.
No início da história, somos apresentados ao rapto de Kai de uma maneira humorada e cheia de ação, claro que não entendemos muita coisa e somos pegos desejando saber qual é a razão de ele ser sequestrado, quem está fazendo isso e para onde vão levá-lo.
Kai não se transforma em Dragão para se defender, pois, se ele se transformasse, o rapto não aconteceria e tudo ficaria bem. Acontece que ninguém sabe que Kai é um Dragão e, se transformar em um, tornaria um problema para ele e a Biblioteca futuramente, pois todo mundo saberia da existência dele e da presença da biblioteca ali e, para onde o levam, o torna muito fraco, pois aquele alternativo de Veneza está infestado de Caos. Irene descobre o que vão fazer com Kai e qual a pretensão dos vilões Lorde e Lady Guantes, e ela tem pouco tempo para conseguir resgatar seu melhor amigo e, talvez, futura paixão. Espero que sim, pois shippo muito!
Então a aventura de Irene acontece, para evitar que uma grande guerra acontece, ela sai em procura de Kai, agindo por conta própria. Nós somos apresentados a novos personagens, novos vilões e podemos até sentir a presença de Alberich, o vilão do primeiro livro, na história. É claro que tudo acontece porque ele faz isso acontecer, mesmo que não esteja presente em toda a aventura.
A história é muito bem escrita e confesso que gargalhei algumas vezes, da mesma forma que fiquei agitada nas cenas de ação. É tudo muito bem detalhado e fácil de imaginar. Genevieve tem o dom de nos abduzir para dentro da história de uma forma que não tem como escapar.
Vale, o detetive que faz parte constantemente dos dois livros e até o vilão Silver que, às vezes, não parece vilão, dão à história um tom delicioso. Silver e Irene juntos, consigo sentir a pressão dos dois enquanto lemos. Mas, embora Silver seja um Feérico sedutor, nada muda em relação ao Shipp que torço muito para que aconteça entre Kai e Irene. A química dos dois é praticamente palpável e queria muito ver como eles seriam como casal de espécies diferentes.
Esse livro foi tão delicioso de ler e foi tão incrível viver uma nova aventura após Harry Potter de J.K. Rowling e Percy Jackson de Rick Riordan, onde o romance é apenas um coadjuvante e o foco mesmo da série A Biblioteca Invisível é a história, e isso me deixa ansiosa esperando o terceiro livro para saber o que vai acontecer, se teremos mais um pouco de Alberich ou Irene e Kai vão enfrentar outro vilão e isso me deixa ansiosa, pois as duas opções são boas para mim.
Outro ponto a favor é que todas as explicações que senti falta no primeiro livro, foram respondidas no segundo e fiquei muito feliz em conhecer todo esse mundo fantasmagórico de Genevieve Cogman na série A Biblioteca Invisível.