Neste ano, Becky Albertalli, a autora de “Simon vs a agenda homo sapiens” – mais conhecido como “Com amor, Simon”, pois foi o título dado ao filme e logo em seguida inserido também no livro – une-se a Adam Silvera e presenteia seus fãs com mais uma história de amor. E se fosse a gente? chegou ao Brasil em junho pela editora Intrínseca.
Os protagonistas são Arthur, um turista vindo da Geórgia passar seu verão na grande cidade por conta do trabalho de sua mãe, e Ben, morador local que passará suas tão esperadas férias de verão em recuperação e, como se isso já não fosse péssimo, com seu ex na mesma sala.
Tudo começa quando Arthur, saindo para seu estágio no trabalho de sua mãe e passando pela agência de correios, depara-se com um menino muito interessante e o segue tentando puxar assunto. Assim ele descobre que o rapaz também é gay e que está ali para enviar suas antigas lembranças ao seu ex. Era o destino fazendo seu papel. Tudo seria perfeito se ambos tivessem pensado em trocar contato, mas não foi o que aconteceu. Agora, Arthur e Ben procuram um pelo outro, com direito a cartazes em cafeteria e textos em sites de busca na internet .
“Eu acredito em amor à primeira vista. No destino, universo… tudo isso. Mas não como você está pensando. Eu não tô falando de ‘nossas almas foram separadas e você é minha outra metade’. Eu só acho que nós estamos destinados a conhecer algumas pessoas. Acho que o universo coloca elas no nosso caminho”
Não é atoa que Becky recebeu o prêmio Goodreads Choice Awards de melhor ficção Young Adult, a história passa a impressão de uma possível biografia. O livro mostra a visão de ambos os personagens, cada qual passando pelas provações desse relacionamento adolescente de maneira diferente, o que se pode observar por Arthur estar vivenciando ainda seu primeiro beijo, enquanto Ben não consegue se desvencilhar completamente de seu primeiro término.
Todo o enredo é envolvente ao ponto de seus leitores pedirem mais e torcerem para que os personagens deem certo. De fácil entendimento, a leitura é fluida e nada entediante. Por mais que tenha uma compilação de clichês adolescentes, é possível sentir a nostalgia das primeiras descobertas amorosas. Dentro de todo esse drama, como é de se esperar de uma leitura para jovens, pode-se perceber muitas referências à cultura pop, o que torna a leitura ainda mais divertida.
E se fosse a gente? é uma leitura leve, perfeita para quem quer conhecer o gênero YA, buscando algo divertido e com personagens muito bem humorados. Apesar de ser uma história LGBTQ+, não trás a sigla como foco, tendo como tema principal apenas o amor juvenil.