Isso mesmo, 50 tons de cinza conseguiu em muitos (infinitos) aspectos superar as expectativas, aparentemente a diretora foi a escolha certa e com certeza soube fazer o melhor possível com o que tinha na mão (que não era exatamente muita coisa ).
Claro que o filme tem seus erros. A mãe da protagonista parece ser bem mais jovem que a mesma (menos na cena em que ela está deitada de pijama na cama, eu e minha miopia achamos que era uma criança). A querida Kate apesar de desempenhar muito bem seu curto papel durante o filme parecia uma senhora beirando a casa dos 45, não uma formanda da universidade que devia ter seus 23 anos.
Alguns pontos do roteiro foram desnecessários e tiveram o intuito obvio de remeter quem assistia a saga Crepúsculo, a mais obvia de todas foi a cena do carro no qual o fotógrafo conversa com ela na saída da “faculdade” (parece uma escola, e remete automaticamente a cena que o Edward salva a bela de ser atropelada). E claro, temos o que não chega a ser um erro, porém incomodou mais que todo o resto junto: Anastasia Steele parece uma retardada mordendo a boca, ou sensualizando com o lápis a cada 5 minutos. Coisa que felizmente foi corrigida no decorrer do filme.
Mas mesmo com tudo isso o filme é bom? Sim.
Tudo que o filme tem de ruim acontece no começo, o meio/ final tem tudo pra ser um filme ótimo, a cenografia é perfeita, o filtro geral do filme está fantástico, o figurino está ótimo, os atores melhoram (e isso é muito aparente ) e ver as coisas por um âmbito que não seja o da Anastasia (como no livro) deixa a historia imensamente mais interessante.
Mesmo odiando o livro sou obrigado a confessar: Cinquenta tons de cinza (que fique claro que é o filme) deixou um gostinho de quero mais.