Distribuído no Brasil pela Editora Intrínseca se tornou um dos livros mais comentados desde o início deste ano, quando foi indicado a 4 categorias do Oscar, inclusive como melhor filme.
Mas eu não venho aqui falar sobre o filme, embora tenha assistido logo que terminei o livro para fazer uma comparação do livro vs filme, que será um post para outro momento, venho falar da obra de André.
Nós somos apresentados ao ano de 1983 logo que iniciamos o livro e conhecemos o mundo de Elio, um italiano de 17 anos na puberdade e que está se descobrindo. E é ele quem narra a história, logo que Oliver surge, um filósofo americano que vem passar 6 semanas do verão com a família de Elio, já que o pai dele é professor e orienta as pessoas que estão fazendo livros todo ano.
Esse foi o primeiro livro LGBTQ que li e confesso que quero muito conhecer mais sobre o assunto. Os pensamentos de Elio são como de qualquer pessoa que tem interesse e sente uma forte atração, que no caso dele por Oliver. O sentimento do adolescente para com Oliver o assusta, mas fascina ao mesmo tempo. Ele está descobrindo algo que não imaginava antes e nós podemos ver a evolução dele em relação aos sentimentos por mulher até a identificação do que realmente quer.
O livro tinha tudo para me cativar e confesso que estava com muita expectativa, mas teve vários pontos que me incomodaram em toda à história: a narrativa confusa onde o personagem intercalava entre memórias recentes e o presente; não há separação de capítulos (o livro é dividido em 4 partes) e por isso ficou cansativo, já que ele tem mais de 280 páginas; Elio narrou muitas coisas que achei desnecessárias e que não acrescentava nada a história e que me fizeram pular algumas páginas de tão entediante que me senti e confesso que por muitas vezes quis largar o livro pela metade. Só que sou teimosa e como queria ver o filme também, fiz um esforcinho. Outra coisa que me incomodou muito foram os diálogos em italiano sem uma nota de tradução tornando ainda mais difícil de ler.
As cenas quentes por outro lado são muito intensas e não recomendada para qualquer idade. Confesso que as sensações de Elio e a química entre ele e Oliver é palpável. Todo aquele mistério que envolve o americano, sem que saibamos o que ele pensa ou o que quer, prende um pouco a atenção, a gente fica querendo saber quando e como a história dos dois vai realmente começar.
Meu Chame Pelo Seu nome é um livro mediano, mas não deixa de ser interessante pelo tema que aborda. Espero que leiam e me digam o que acharam.