Titulo: The Silkworm
Autor: J.K. Rowling
Editora: Hachette Group Book
Conseguir uma versão antes que os grandes sites brasileiros não foi simples, primeiro tive que conseguir um contato em Londres e depois vir a traduzir durante a madrugada todas as partes que eu não sabia a tradução. Obtive ajuda de um super fã de Rowling, um brasileiros que vive lá a alguns anos, Felipe Moura e assim pelo skype lemos o livros juntos e durante 10 horas de maneira interrupta. Mesmo assim conseguimos fazer uma resenha sem spoliers. A metade o livro foi lida por ele a outra metade por mim, e juntamos tudo e elaboramos está resenha exclusiva. Pela Rowling você acha valido este esforço?
Strike Cormoran está de volta no livro “The Silkworm” ( o livro pode ser traduzido facilmente para O Bicho da Seda, mas não sabemos a cabeça da editora Rocco) e a segunda parte da série policial escrita por J.K. Rowling. A série é publicada sob pseudônimo de Robert Galbraith e este é o segundo livro que Rowling enfrenta o mundo obscuro da publicação.
Depois de resolver o assassinato de Lula Landry no primeiro livro Chamado do Cuco, a dupla de investigadores Cormoran Strike e Robin Ellacott estão de volta em um novo caso. Desta vez, eles estão a procura de uma pessoa desaparecida; o romancista Owen Quine, cuja esposa está preocupada depois de vários dias desaparecido.
Quine deixou para trás um manuscrito inédito que apresenta retratos pouco lisonjeiros de quase todo o cenário literário de Londres – e que deixa a historia com vários suspeitos. As apostas se tornam cada vez mais interessantes quando este caso rapidamente se transforma em um terrível assassinato.
Strike fez o que parecia impossível com o caso Landry, agora cabe a ele e Robin resolver mais este enigmático caso.
Há mais do que uma alusão à própria vida de Rowling em sua série policial. Rowling usou o glamouroso mundo das celebridades como cenário para o Chamado do Cuco, uma realidade que ela mesma vive, sem dúvida está familiarizada. Em The Silkworm ela se vira para examinar o outro mundo – o da publicação.
Em “The Silkworm” Strike ver agora a cobrança sobre seu sucesso anterior, no caso Landry e é constantemente perguntando se ele será capaz de ter o mesmo sucesso – certamente todos ao seu redor estão observando para ver se ele pode ser capaz de resolver este caso. Não é muito difícil imaginar Rowling experimentado dúvidas semelhantes, depois de ter sido “delatada” como o verdadeiro autor por trás de Robert Galbraith e enfrentado toda a análise que ela tinha certamente procurado evitar.
Felizmente, em “The Silkworm” Rowling entrega mais um trabalho fantástico.
Tal como acontece com o primeiro livro da série, “The Silkworm” é tão sátiro, pois é uma história de um detetive e ninguém sai facilmente sob escrutínio praticado de Rowling. Não há falta de enredo aqui e a história bem construída avança com voltas e mais voltas contínuas. Um formato de novela-dentro-da-novela é habilmente utilizado quando Strike investiga um manuscrito impublicável de Quine; é atraente o suficiente para intrigar os leitores sem ser em demasia, a ponto de chegar ao tédio. E Rowling é uma mestre em antecipação de reações, uma habilidade que mais uma vez fica evidente em “The Silkworm”.
O novo elenco de personagens são coloridos e variados; Rowling, novamente em paralelo com a sua própria história, mostra um talento especial para retratos inteligentes e ocasionalmente mordazes. No entanto o que é ainda mais bem-vindo é o desenvolvimento individual de Strike e Robin. O Chamado do Cuco verdadeiramente foi o livro do Strike, e por isso é gratificante ver Robin se tornar mais do que apenas assistente bonito e inteligente de Strike, mas um personagem em seu próprio direito.
Rowling é capaz de construir bem uma base sólida, ela estabeleceu isso no Chamado do Cuco, provando que sua força se encontra na escrita de uma série, ao invés de um livro independente.
Não há dúvida de que é uma melhoria em relação ao livro anterior. Estréia de Galbraith foi boa – mas esta volta é muito melhor.
Ainda assim, como acontece com o Chamado do Cuco, este não é um romance policial inovador – não que ele pretendesse ser. De fato, grande parte da habilidade de Rowling está em utilizar com sucesso, as características clássicas do gênero – um pequeno elenco de personagens do mesmo círculo, um detetive duro e um assistente corajoso e inúmeras pistas falsas – mesmo assim o enredo ou personagens parecem ser feitos com outra formula. As convenções são testadas e verdadeiras, mas isso não significa que você será capaz de adivinhar o final.
E mesmo com as descrições particularmente terríveis, e uma abundância de personagens odiosos, há algo extremamente agradável em “The Silkworm”. Os suspeitos não são especialmente agradáveis, e certamente nem a vitima. Mas Strike e Robin certamente tem um potencial para sete livros ( como se especula), é claro que esta é realmente a sua história, a historia de J.K. Rowling.
Não costumamos dar qualquer especie de nota em resenha de livros, mas neste vamos fazer uma exceção.