Em tempos onde cada vez mais está sendo debatido e ensinado sobre temas envolvendo a comunidade LGBTQI+, a editora Skript desenvolveu, junto aos quadrinistas, a HQ chamada Sob a luz do Arco-Íris.
O quadrinho é uma coletânea de histórias produzidas por autores da comunidade, onde são abordados situações de preconceito com diversos temas.
“Sempre digo que nós, como leitores de quadrinhos (ou mesmo consumidores de cultura em geral), temos a responsabilidade de furar nossas próprias bolhas e ativamente ir atrás de novos autores e autoras para ampliar nossas referências e visões de mundo.”, disse Gabriela Borges, do site Mina de HQ, no prefácio do quadrinho.
Assim, começamos a leitura dos dez contos, que por muitas vezes, levaram o tema do preconceito com bastante humor. O suficiente para divertir o leitor, com sua crítica entranhada ao cômico. Por exemplo, ter um fantasma Drag Queen te assombrando e, dentro disso, notar que a falta da auto aceitação que muitas pessoas da comunidade encaram ao longo da vida, traz a leveza em um assunto que tem sua bagagem pesada. Ou até mesmo, ter alunos que decidem escrever na lousa “Prof. Arthur viado”, como no conto Gameplay, nos mostra o preconceito exalante que as crianças adquirem, por muitas vezes, de seus pais e que, na verdade, o aprendizado da diversidade é necessário para todos.
O quadrinho tornou-se o que Gabriela Borges citou no prefácio, a ampliação das vivências de outras visões de mundo. A experiência do outro, que pode ou não se assemelhar a nós mesmos, nos tornará seres humanos mais tolerantes e é isso que o quadrinho Sob a Luz do Arco-Íris se propõe a fazer, mostrando o outro lado da moeda.