A editora Intrínseca trouxe para o Brasil uma série incrível escrita por Greg James e Chris Smith em parceria com a ilustradora Erica Salcedo. Essa narrativa mostra como um menino supernormal conseguiu salvar sua escola superpoderosa.
Imagina só como seria estudar em uma escola onde os alunos possuem super poderes… Legal demais, não é mesmo? Agora, imagina se o único que não tem esse dom especial é você. Que triste. Seja bem-vindo ao mundo de Murph, um felizardo de 11 anos que caiu de paraquedas em um colégio para heróis, mas que sofre por não compartilhar das mesmas peculiaridades radicais (ou não) dos seus colegas de classe.
Murph Cooper já está entrando na sua adolescência e não tem amigo algum, isso pelo simples motivo de sua mãe estar sempre de mudança devido às oportunidades de emprego. O garoto já não aguenta mais! Faz quatro anos que ele deixou a sua antiga e amada casa para viver nas residências novas que, na sua opinião, não são tão legais de explorar, além de bem sem graças. O pequeno só se deu conta do quão incrível foi a nova viagem quando foi matriculado por engano em uma super escola para super heróis!
Em meio ao show de agentes secretos mirins – professor rápido como Flash, menina que congela estilo Elsa do Frozen – encontra-se Murph, o “Supernormal”, como foi apelidado pelos valentões das turmas mais avançadas. Mas com o surgimento de uma criatura estranha, de DNA metade homem e metade vespa, somado a um sujeito fino e mau-caráter, o herói mais comum da instituição vai tentar provar seu valor com o superpoder que é ainda mais especial que os outros… a coragem!
“Seis meses antes…
Se estiver lendo esta história em voz alta, por favor, faça um som para indicar que estamos voltando seis meses no tempo.
Mais alto.
Mais alto…
Agora faça o som de algo passando muito, muito rápido. Agora grasne que nem um pato. Agora faça o som de uma foca sendo atropelada por um trator.
Rá, rá, você faz tudo que a gente manda, que incrível!”
Supernormal é o tipo de história narrada em terceira pessoa mas sem medo de promover a interação entre autores e seu publico, que provavelmente são crianças entre 8 e 12 anos de idade. Apesar de ser um livro que possa agregar mais ao publico infantojuvenil, um adulto pode desfrutar dessa leitura tranquilamente. Por ser hilária, é o tipo de livro que tira qualquer um de uma ressaca literária.
Dentro da narrativa, existem alunos com poderes úteis e outros que nem tanto e, claro, o personagem principal acaba no grupo dos desvalorizados. A construção de cada figura é que faz a história ser relevante até mesmo para um adulto, como é o caso do grupo SuperZeróis, que deixa todo mundo apreensivo e curioso para saber, por exemplo, o que uma menininha materializadora de cavalos tem para oferecer no término da história. Cada coadjuvante tem seu poder esquisito e ambos lutam para ajudar a salvar a escola e os piqueniques das garras do estranho vilão.
“Coragem (…) Capacidade de fazer a coisa certa. De não desistir. De ver coisas que as outras pessoas não veem. De nos ajudar a trabalhar juntos. De permanecer otimistas”
página 248
O enredo de Supernormal só cresce e, quanto mais crianças entram para o grupinho de Murph, melhor fica a trama. O livro é destinado a jovens que adoram aventuras, que se inspiram nos heróis dos cinemas e a adultos que procuram uma leitura rápida e divertida. Lê-lo em família seria o máximo, já que o livro permite maior interação entre baixinhos e seus responsáveis.
Além de contar com um cenário dentro da nossa realidade, o livro passa uma mensagem para o seu público alvo, falando sobre o valor da amizade, bulliyng, e que para para ser super, basta ser você mesmo fazendo a sua parte.
Os SuperZeróis são a prova definitiva de que juntos somos muito mais fortes.