Se no primeiro volume dos quadrinhos The Boys, o leitor observou a “criação” da equipe, assim como se chocou com a real imagem de alguns heróis, neste segundo volume, o escritor Garth Ennis intensifica a narrativa, mostrando mais atitudes monstruosas de certos defensores.
Claramente que não poderíamos deixar de lado a construção da relação de Hughie com seus companheiros de luta, no desenrolar da história, principalmente com Billy Carniceiro (Açougueiro), que apesar das demonstrações de “grosseria” em certas ocasiões, não passa de um homem focado quanto ao combate “ao crime”.
Apesar de a trama exibir de maneira notável, em seu decorrer, as atrocidades cometidas pelos superpoderosos, através das ilustrações objetivas de Darick Robertson,Ennis consegue abordar também questões sociais como preconceito as pessoas do grupo LGBTQ+, além de injustiça, criminalidade e violência.
Uma notável surpresa para os leitores fica a cargo dos locais de atuação da equipe, uma vez que não ficam apenas centralizados nos EUA, ao contrário, neste volume se descobre o fato do qual onde estiver um herói causando inconvenientes pela Vought-American, lá estarão os The Boys.
Outro ponto interessante que merece destaque são as atitudes de Hughie, pois mesmo “lutando” ao lado de seus companheiros contra os superpoderosos que merecem uma “punição”, ele continua hesitando em determinados momentos, questionando as atitudes realizadas pelos “bons” e pelos “malvados”.
Logo, o segundo volume da história mantêm o nível de seu antecessor, expondo os podres da “sociedade heroica” em sua totalidade, bem como mostra o quão longe pode chegar os planos maléficos do inimigo.
“The Boys – Vol. 2” foi lançado pela editora Devir, e está disponível para compra no site da Amazon.
