Finalmente, o mundo de Krakoa chegou ao Brasil com a primeira edição intitulada X-Men #1 pela Editora Panini, onde junta a primeira edição de House of X e Powers of X em um encadernado só. Mas será que você sabe sobre o que é esse novo rumo nas histórias dos heróis? Para saber mais continue lendo esta resenha sem spoilers.
“Humanos do Planeta Terra. Enquanto vocês dormiam, o mundo mudou.”
É assim que começamos essa edição, com um mundo mudado, onde os mutantes agora tem um lar e eu não estou falando da escola do Xavier. Aparentemente, da noite para o dia, foram criados portais em diversos lugares, como em Washington (Terra), Marte e na Lua. Todos esses portais, no final, dariam em um mesmo lugar: Krakoa.
Krakoa é uma ilha com inteligência coletiva, onde o seu ecossistema funciona de forma totalmente diferente do habitual. Como se fosse uma entidade viva. A Ilha tem sua própria linguagem, que os mutantes se adequam a ela; próprio reconhecimento de mutantes, aqueles sem a mutação do gene X não conseguem acessar a ilha; e sua própria plantação, onde as sua flores contém poderes, como o de criar portais.
Um lugar tão autossustentável como Krakoa não iria passar despercebido pelos olhos dos não-mutantes, que logo quiseram obter uma parte de todo poder que o lugar pode proporcionar. Porém, com a equipe inteira reunida (isso mesmo, Xavier e Magneto estão nessa juntos), os humanos mal sabem onde estão se metendo. Com anos e anos de represálias, preconceito e culpando os mutantes, acha mesmo que eles vão dar algo de mão beijada? Não mesmo.
As cores e os traços ganham grande destaque aqui. Os ilustradores R.B. Silva e Pepe Larraz e o colorista Marte Gracia deram a Krakoa uma vida ainda mais intensa do que a escrita, junto com a ambientação e a magnitude no estilo dos personagens.
Claro que não podemos deixar de lado a escrita do Hickman. O roteirista respeita sua forma de escrita, com uma primeira edição onde você se encontra perdido com o tanto de informações novas, mas que ao mesmo tempo te instiga a descobrir mais desse mundo. A história é cheia de detalhes e informações que aparecem em forma de arquivos, assim como suas outras obras (The Black Monday Murders, East of West).
A Panini teve uma boa sacada em juntar os dois títulos nessa edição, trazendo aos leitores brasileiros o esquema de postagem que aconteceu nos Estados Unidos. Na edição veio um brinde de papel-cartão semente, onde você pode plantar o cartão e dele nascerá uma flor. Quem sabe não é a flor de Krakoa para você abrir o seu portal até a ilha?