Renascido para continuar a grandiosa franquia de jogos de tiro Call Of Duty, que ultimamente vem decepcionando com os títulos Black Ops Cold War e Vanguard, a nova versão do jogo aclamado pelos fãs chegou com grandes expectativas. Gentilmente a Activision cedeu o game para o Cabana.
Conturbado desde seu anúncio, com a polêmica de ser ou não uma DLC paga de MW2, a hora de tirar as próprias conclusões chegou finalmente. Enfim, o jogo é bom ou não?
Como um ponto extremamente positivo, a gameplay voltou a ser rápida conforme seu público ama. Jogabilidade envolvente e intuitiva é um chamariz para quem está cansado das skins e armas de outros jogos em Warzone. É um tiro certeiro para tirar a franquia da mesmice (muito criticada e com razão) das microtransações que agora são o pote de ouro do battle royale da Sledgehammer Games.
O HUB, que pareceu uma ótima ideia inicialmente, ainda é um pouco problemático nas primeiras utilizações. Jogadores inexperientes podem (e vão) ficar perdidos sobre onde começar o jogo. Com alguma atenção, e tempo, você pega o jeito. Entretanto, ele parece o veículo perfeito para lançamentos de DLC’s e outros conteúdos, não só desse como de jogos futuros.
Na questão gráfica, o que foi entregue não decepciona, mas também não surpreende. Não se tratando de um exclusivo da nova geração, o que vi não foi nada que já não tenha visto. Mas ainda sim me fez pensar que a entrega foi mais do que satisfatória. Apesar das cenas pré-renderizadas e loadings demorados, o jogo é visualmente muito bonito.
Antes de falar sobre a campanha single player, precisamos conversar sobre as Missões de Combate Aberto. Criadas com o objetivo óbvio de extender a curta história principal do jogo (que me durou poucas 5 horas), elas são claramente um desperdício de tempo.
Padronizadas em um grande campo aberto com a sequência caminhar > coletar > combater, e parabenizando o jogador com mais algumas cenas pré-renderizadas, o modo é realmente cansativo até para os novos jogadores da franquia. Não foi efetivo em me manter jogando por muito mais tempo, e aparentemente o pensamento é compartilhado por grande parte dos jogadores.
Sobre a campanha: eu esperava mais. Mais momentos grandiosos como é a marca registrada do título, mais interação entre os personagens, mais história e mais identidade de Call of Duty.
O jogo me pareceu apressado, feito com data marcada logo em cima para o lançamento. Ele não se encaixa nem como DLC de MW2 e nem como um jogo novo. Parece desconexo dos 2 título anteriores da trilogia e adicionou poucos elementos que esperávamos.
A história curta, que parece terminar abruptamente, ainda recebe uma cena pós crédito, segurando um cliffhanger para um possível próximo jogo ou conteúdo adicional. Por que separar um conteúdo que poderia ter sido lançado completo? Por que fatiar o jogo, diminuindo a experiência e satisfação dos jogadores? Agora é aguardar os próximos passos da franquia.
Apesar de tudo o jogo diverte com as suas limitações, e se você ignorar que falta um pedaço da história, consegue até gostar dele por algumas horas. Só não pense muito.
E nem compare com o original de 2011. Fora isso o design de áudio e atuações estão impecáveis. Como sempre, design de armas e combate muito bem executado. Em partes técnicas o jogo se sai extremamente bem. Apenas tropeça na parte criativa.