Finalmente Cyberpunk 2077 foi lançado no dia 10 de dezembro, sob um holofote conturbado de críticas e elogios. Após um final de semana inteiro dedicado ao game de mundo aberto, eu venho aqui expor tudo o que me foi mostrado na tela.
Com a premissa de um rpg de mundo aberto, Cyberpunk te deixa começar a história de três modos diferentes: nômade, marginal e corporativo. Cada campanha tem sua particularidades e pontos em comum, suas diferenças pontuadas em como as ruas de Night City te reconhecem. Minha escolha foi marginal, preferindo colocar V (no meu caso, uma protagonista feminina) diretamente no coração da cidade que é praticamente um protagonista adicional.
Após a decisão, veio o meu momento mais esperado; a criação de personagem. As opções não eram tão diversas quanto eu imaginava, mas você é capaz de fazer, no geral, um personagem que te agrade. Feito isso, eu já estava livre para finalmente conhecer a tão falada metrópole onde tudo gira em torno de dinheiro e poder.
Tentando não entregar a história aqui (o que é o ponto mais alto do game), a minha primeira missão era ajudar um amigo endividado a pagar um conhecido trambiqueiro da minha região. E foi aí onde os problemas começaram. Logo nos primeiros 5 minutos de gameplay (de uma missão curta, com no máximo 10 minutos de duração em modo stealth) um do npc’s entrou em uma mesa enquanto o outro caía com os pés grudados ás costas. Mas mesmo com esses menores problemas, foi possível completar as 2 primeiras missões da campanha.
Resolvi então explorar meu bairro, uma das 6 grandes regiões divididas no jogo. Apesar da pouca movimentação nas ruas durante o período diurno, encontrei algumas duplicatas. Ao tentar falar com uma personagem feminina, antes que pudesse me dar uma resposta, ela sumiu. Mas mesmo com tudo isso, Night City é um dos melhores acertos da produtora.
Com cores vibrantes, sons característicos e passando a sensação de estar viva, a cidade é tudo que haviam nos prometido nos 8 anos de desenvolvimento do jogo. Não há como compará-la com qualquer coisa já feita nos games anteriormente, tanto em originalidade quanto em beleza. Sim, os gráficos não são os melhores nos consoles (a minha cópia é do PS4), e os erros persistem na nossa cabeça seja por incredulidade ou apenas graça, mas eu ainda espero que todos esses problemas sejam corrigidos no futuro.
O meu maior problema foi na terceira missão da campanha principal, onde eu realmente tive que reiniciar o jogo para que pudesse prosseguir com o avanço. Era necessário o abatimento e coleta de informações de um cyberterrorista, mas o alvo da minha missão simplesmente entrou em uma escada de concreto e por lá permaneceu mesmo após as diversas tentativas de chamá-lo para o outro lado do local.
E não, eu não estou aqui apenas para falar sobre as coisas que deram errado no jogo mais esperado do ano. Estou aqui para pontuar bem mais os acertos de um jogo que me agradou e muito, mesmo me tirando toda a paciência ás vezes. V é um protagonista eficiente em ser carismático, mesmo não mostrando o rosto em 90% do gameplay.
Sim, a personalização excessiva parece inútil ao primeiro pensamento, mas funciona em partes isoladas da história. A dublagem brasileira é um caso á parte, sendo excepcionalmente bem feita (mesmo no sotaque pesado e arrastado do meu sidekick). A jogabilidade é rápida e fácil, deixando o jogo frenético como a vida em Night City. Tudo ali funciona muito bem como um conjunto, mesmo que não sendo uniforme em casos pontuais de bugs.
Cyberpunk 2077 é sim um ótimo jogo, mesmo para os jogadores mais críticos. Tem grande capacidade de reformular todo o segmento de jogos de mundo aberto, assim que lançar patchs de correção para todos os problemas mencionados á cima. Mas mesmo dividindo a comunidade gamer entre os adoradores e odiadores, ainda possui grande chance de ser considerado o jogo do ano em 2021.