Elden Ring Nightreign, desenvolvido pela FromSoftware e publicado pela Bandai Namco, é o aguardado retorno dos jogadores às Terras Médias extensas e vibrantes de seu antecessor. Após 3 anos de espera, o jogo finalmente viu a luz do dia. Mas ele eleva o status de um dos mais aclamados enredos do formato soulslike é ou apenas uma revisitação sem aprofundamento?
Partindo de uma ideia inesperada — um roguelite com cooperativo para três pessoas —, a equipe de desenvolvimento fez tudo para que essa idea saísse do papel e se transformasse em um jogo. Um jogo bom. Um jogo ótimo, até. Mas com a barreira do multiplayer um pouco pesada demais para alcançar a perfeição.

Apesar de possuir um modo single player, se você, jogador casual, tentar a sorte sozinho em Nightreign, eu diria que sua jornada pelas paisagens magníficas será muito curta. Agora, se conseguir 2 jogadores tão focados (e incansáveis) como você, a diversão começa — e não tem hora para acabar.
As partidas têm uma duração média de 45 minutos e estão repletas das melhores batalhas contra chefes que a empresa já desenvolveu. Além disso, as deslumbrantes paisagens da ilha de Limveld, onde o jogo se desenrola, são um espetáculo à parte. O ciclo dos dias (tempo total de batalha) funciona assim: nos dois primeiros dias, você coleta equipamentos e se prepara para enfrentar os oito Nightlords no terceiro dia.
A cada nova jogatina, o mapa muda ligeiramente de forma aleatória, forçando você a tentar novas rotas para o mesmo objetivo. Há também eventos aleatórios, como portais e chefes aparecendo de tempos em tempos.

A história dos personagens — uma parte crucial da narrativa de jogos soulslike da mesma FromSoftware — foi deixada quase de lado. As memórias, fragmentos espalhados pelo mapa, contam muito pouco sobre cada 1 dos 8 Nightfarers à disposição para escolha.
Isso deixa um gosto um pouco amargo, dando a impressão de que o jogo foi concebido apenas como longas raids contra chefes gigantes. Mas veja bem, isso pode ser exatamente o que alguns esperavam, assim como os desenvolvedores. Ainda assim, a lacuna entre a jogabilidade e a lore da saga permanece.

Com tudo isso em mente, o jogo acaba parecendo um pouco apressado — e, de certo modo, vazio. As paisagens continuam deslumbrantes, a arquitetura de som se encaixa perfeitamente com o clima, as grandes batalhas épicas que, são a alma de um soulslike, ainda estão presentes.
Mas falta o coração: a história que conecta a jogabilidade ao jogador por trás da tela simplesmente não está lá. E, em alguns momentos, me peguei pensando… talvez não teria sido melhor apenas um modo multiplayer no jogo anterior?




