Depois de 3 anos de espera o aguardado Halo Infinite, que foi anunciado na E3 de 2018, finalmente está entre nós. Após um árduo trabalho da 343 Industries, finalmente podemos desfrutar de mais um capítulo da história da saga. Mas a pergunta que fica é: vale a pena jogar?
A resposta é que o retorno de Master Chief é triunfal. Com uma jogabilidade perfeita para o mundo aberto, o Spartan volta em grande estilo no melhor jogo da 343 até hoje. Apesar dos problemas envolvendo tanto o desenvolvimento do jogo quanto a pandemia de COVID-19 que atrapalhou tantos jogos nos últimos 2 anos, a entrega foi mais que satisfatória e ajudará e muito as vendas dos consoles de nova geração da Microsoft.
Com a jogabilidade aprimorada, o que faz dele um dos melhores FPS da atualidade, a história acompanha a mudança. Assim como as armas, que seguem o padrão da franquia de funções próprias e exclusivas, os movimentos seguros e precisos do personagem jamais te deixam duvidando do que fazer a seguir, e é claramente o ponto mais alto do jogo.
A adição do gancho, muitas vezes recebida com olhares tortos dos fãs da franquia, é um acerto primordial. Apesar da facilitação da movimentação pelos cenários desafiadores, ele também é um aliado imprescindível nos combates mais importantes da campanha. Vale adicionar também que ele é uma variante de gameplay muito bem vinda, deixando o fator replay mais dinâmico conforme você experimenta vários tipos de combates contra os mesmos inimigos. A facilidade com que ele te deixa explorar um grande cenário em questão de segundos, usando rampas, buracos e escadas de uma maneira diferente é surpreendente.
Zeta Halo possui um mapa satisfatoriamente grande, e a campanha usa isso magistralmente. Com durabilidade de mais ou menos 12 horas para ser finalizada, e em torno de 25 à 30 horas se cumprirmos todas as missões secundárias, você conhece cada canto do mundo enquanto usa bases instaladas e veículos de locomoção.
Enquanto as inovações vinham em abundância, a preocupação sobre a identidade da série ainda ficava em minha cabeça: apesar de tudo, isso ainda é Halo? Com toda a certeza. Levando em consideração todos os acontecimentos de Halo 5, toda a ambientação do novo jogo é praticamente uma versão do primeiro jogo que fez a franquia ser o que é.
A história, que agora não é uma tentativa fracassada de fazer de Master Chief o vilão de tudo, é até mesmo simples parar os parâmetros modernos e até mesmo de Halo. Mas a assertividade nos momentos de tensão, e o foco principal no relacionamento entre o Spartan mais famoso e a inteligência artifical Cortana, realmente trouxe de volta os anos de ouro da franquia principal do Xbox.
Vale aqui ressaltar a beleza de todos os cenários do jogo e da iluminação perfeitamente caprichada, mesmo sem ray tracing (que será adicionado em algum momento ainda no pós lançamento). A dublagem em português brasileiro, como sempre, brilha como uma estrela à parte apenas para nós. A ambientação acompanha perfeitamente a sonoridade, que foi criada à dedo para acamar todas as aventuras de Master Chief.
Os bugs são extremamente raros e pontuais, mas incomoda a queda de frames nas cutscenes. Nada que alguns patchs de correção não resolvam e nos deixem desfrutar da melhor experiência possível de Halo.
Halo Infinite é um dos melhores jogos da franquia e falo com propriedade. A 343 fez um excelente trabalho e se consolidou como uma empresa digna de suceder a Bungie nessa maravilhosa franquia de ação frenética. Infelizmente o jogo não foi lançado junto ao Xbox Series, o que seria uma adição incrível ás vendas de começo de geração da casa verde. Mas já lançado no day1 no Game Pass, não fica a dúvida que praticamente todo dono de Xbox vai tirar suas próprias conclusões do game.