A temporada de primavera de 2023 tem sido a melhor dos últimos 5 anos. Além das mais esperadas continuações, temos muitas promessas entre os novos animes, no gênero drama Oshi no Ko ganhou destaque.
A história de Oshi no Ko escrita por Aka Akasaka (Kaguya-sama) e ilustrada por Mengo Yokoyari, começou a ser publicada em 2020 pela revista Weekly Young Jump da editora Shueisha e logo caiu nas graças dos leitores.
Antes de começar a falar sobre o anime Oshi no Ko, vamos conhecer a sinopse: “Ai Hoshino, de dezesseis anos, é uma idol talentosa e bonita que é adorada por seus fãs. Gorou Amemiya é um médico do interior e um grande fã de Ai, mas um encontro com uma figura misteriosa resultou em sua morte prematura, ou assim ele pensou.
Abrindo os olhos, Gorou descobre que renasceu como Aquamarine Hoshino, o filho recém-nascido da sua amada idol, Ai”.
Começamos Oshi no Ko conhecendo mais sobre Gorou Amemiya. Uma enfermeira que trabalha com ele chama sua atenção, pois segundo ela, um homem crescido devia se preocupar mais com sua vida e seu trabalho do que com idols.
Esse simples fato já reflete uma realidade do Japão, onde grupos pop de garotas fofinhas e menores de idade são endeusadas e sexualizada por homens mais velhos. Mas para te fazer criar simpatia pelo personagem, o fanatismo é justificado por uma história de flashback triste.
Acontece que Gorou conheceu a B-Komachi por causa de uma de suas pacientes, a menina de 12 anos, Sarina. A garota tinha um tumor cerebral em estado terminal, que a impossibilitava de sair de sua cama. Sarina via no entretenimento uma forma de escapismo, e sonhava em ser tão talentosa e bonita como Ai.
O episódio segue entregando o que a sinopse promete, Ai se vê obrigada a fingir que as crianças gêmeas não são suas, para que sua imagem de menina pura e imaculada, de idol que só ama aos fãs não seja manchada.
Dentre a primeira hora do primeiro episódio de Oshi no Ko que conta com mais de 1h20, a história se mostra como uma ótima critica e análise ao mundo do entretenimento japonês. Ele nos mostra como a indústria força as garotas a serem robôs, tiram suas vontades e vidas privadas para que elas vivam por e pelos fãs, estes que são vistos como seres cujas expectativas precisam serem atendidas já que o dinheiro vem deles.
Também somos introduzidos a briga de egos entre as estrelas, que lutam por tempo de tela e trabalhos melhores, mesmo que isso signifique pisar em quem esteja ao seu lado.
A partir daqui a análise começa a tratar de spoilers pesados, que na minha opinião podem estragar sua experiência com a obra, então assistam ao primeiro episódio para poder continuar. Vocês foram avisados!
Assisti o anime sem informação nenhuma, assim como me foi indicado e a história me pegou com uma bela surpresa ao final.
Eu imaginava que íamos seguir vendo Gorou crescer como Aqua, dentro do mundo do entretenimento, vendo a mãe ter dificuldades e até mesmo superando suas próprias. Mas o anime tem um plot twist e Ai é assassinada por um fã maluco.
E a partir daí a obra se torna um drama de vingança. O médico Gorou não existe mais, o personagem deixa tudo para trás abraçando totalmente sua identidade como Aquamarine Hoshino, um jovem talentoso e bonito que entra no mundo do entretenimento junto de sua irmã gêmea Ruby, mas isso é apenas uma fachada, ele busca descobrir quem é seu verdadeiro pai, possível mandante do assassinato de Ai.
Segundo os fãs do mangá isso não é tudo, mais mistérios e reviravoltas vem por aí. Vou continuar acompanhando a história que admito, foi a mais rápida a me fazer ir procurar a obra original. Depois de tantas decepções e temporadas ruins, é muito satisfatório ter tantos animes bons para acompanhar.