Longe do mundo das crianças de Rasom Riggs, temos no mundo real verdadeiras crianças peculiares. Mas como assim? Eu explico.
A maioria das peculiaridades apresentadas nos livros vem com dificuldades. O mais interessante ponto apresentado no universo da trilogia é sobre como superá-las e como conviver com as diferenças.
Segundo o site da EBC, cerca de 6,2% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) considerou quatro tipos de deficiências: auditiva, visual, física e intelectual.
Assim como alguns personagens da saga, essas pessoas convivem com preconceito e diversas dificuldades. E assim, como as crianças peculiares, as pessoas que possuem algum tipo de deficiência possuem uma batalha diária pela sua inclusão na sociedade. Por diversas vezes na série de livros, as crianças deixam transparecer que “normais” não as aceitam, e assim como pessoas com deficiência não tem inclusão na sociedade, as crianças peculiares também não. Tendo que viver em fendas temporais e inclusive sendo perseguidas por suas diferenças.
Devemos buscar de nossos governos um maior investimento em acessibilidade, como transporte público e em todos os lugares, milhões de pessoas que possuem algum tipo de deficiência no Brasil sofrem com problemas como as cidades não adaptadas. A necessidade de políticas públicas voltadas para essa população deixou de ser necessária, se tornando algo essencial.
Vivemos em um mundo que está cheio de pessoas peculiares, cada uma delas são diferentes de alguma forma, não devemos ser como os etéreos que perseguem pessoas peculiares, mas como as Ymbryne, que as acolhem e as aceitam.
Revisado por: Bruna Vieira.