Pra você que é fã de Star Wars, uma das sagas mais queridas do cinema, já sabe que dia 4 de maio é o dia da Força, no qual se comemora o triunfo da sequência de filmes que até hoje é aclamada por diversas pessoas.
Star Wars deu uma nova cara ao cinema, principalmente por conta de seus efeitos especiais e é exatamente o que vamos abordar. É irônico pensar que os efeitos especiais do filme era algo impressionante, sendo que hoje nos surpreendemos cada vez como os filmes conseguem fazer coisas tão impossíveis parecerem tão reais, mas para época a franquia de Guerra nas Estrelas deu o que falar, sendo campeão até do Oscar, justamente por isso.
O mundo viu Star Wars pela primeira vez em 1977 e o público logo aceitou abertamente, se tornando um sucesso. A trama que envolve o universo e o que há nele impressionaram com as batalhas espaciais que elevaram o patamar dos efeitos que revolucionaram o cinema, servindo de inspiração até os dias atuais.
Star Wars movimentou a indústria, como o setor estava pacato George Lucas com uma ideia extraordinária, conseguiu passar sua ideia de tecnologia avançada através da história do filme. Lucas, então, teria uma mente visionária ou sonhadora? Fica a questão, porém no final concluímos que deu muito certo.
Em 1975 Lucas afirma em um documentário como eram limitantes as técnicas da época, “Queria fazer um filme de ação, um lugar onde naves espaciais se destroçassem. Queria fazer cortes rápidos e dar muito ritmo, e, especialmente, queria que contivesse muita cinematografia. Mas nessa época era impossível”, afirmou ele. George realmente mudou as técnicas que serviram de inspiração para muitos filmes seguintes, ampliando a visão e o modo de dar ritmo ao um filme.
Antes de Star Wars de 1977, os planos de naves no espaço em longas-metragens eram filmados com modelos de grande e pequeno porte, o que permitia apenas movimentos lentos e rígidos, o que não era tão interessante para passar a adrenalina que momentos de ação nos proporcionam. Para uma batalha, os movimentos precisavam ser rápidos para dar o clímax do conflito.
Mas uma solução foi encontrada para mudar o cenário cinematográfico, e surgiu a partir de Dykstra, principal supervisor de efeitos especiais, que a partir da Dykstra Flex, concebeu um novo sistema de câmara de movimento que era controlado por um computador. Assim, a câmera permitia ser filmado num fundo azul, blue screen, permanecendo apenas numa única posição. Não só naves, mas outros objetos também poderiam serem utilizados para essa técnica, assim com todos os elementos combinados poderia parecer um único plano dinâmico.
Já em O Império Contra Ataca, a mesma técnica foi utilizada, além de introduzirem stop motion, presentes nas criaturas Tauntaun e na batalha de Hoth. Chamando a técnica de Go-Motion, onde a câmera captava um frame por segundo, cenas de voo da lendária Millenium Falcon eram feitas a partir dessa técnica.
Em O Retorno de Jedi, Dennis Murren e Garrett Brown caminharam até à floresta de sequoias na Califórnia para capturar imagens de fundo. Eles fotografaram a floresta a cada poucos segundos. Com as imagens, a ideia era executá-las no sentido contrário em 24 frames por segundo, parecia mostrar a floresta e as árvores a passar rapidamente. Com o fundo compondo a blue screen, o resultado foi uma cena maravilhosa entre os irmãos Luke e Leia.
No final dos anos 1990, o CGI, imagens geradas por computador, era visto como o futuro nos efeitos especiais do cinema. Assim Lucas quis apostar nesse recurso para criar três novos filmes. Um dos mais inovadores e, ao mesmo tempo, desafiadores efeitos usados foi o personagem Jar Jar Binks. Embora não tenha sido bem recebido pelos fãs, a composição do ator junto com a animação 3D da criatura Gungan foi vista como algo totalmente inédito na época.
Comparadas aos dias atuais, os efeitos especiais de Star Wars são considerados ultrapassados, mas não podemos negar que a ambição em querer elevar indústria cinematográfica é algo louvável e acamado por muitos, pois de certa forma foi uma transformação que influenciou diversas obras e foi um dos pontapé para a evolução nesse quesito.