Após ser processada por Emma Majo, ex-analista de segurança de TI da PlayStation, agora pelo menos mais 8 mulheres, envolvendo tanto ex funcionárias como atuais funcionárias, entraram também na ação movida contra a Sony, trazendo a informação de que em diversos escritórios da PlayStation acontecem uma variedade de comportamentos relacionados a Assédio Moral e Sexual, como comentários degradantes, avanços (sexuais) indesejados, falta de atenção à ideias sugeridas por mulheres e também a percepção comum de que é muito mais difícil uma mulher ser promovida pela companhia.
De acordo com Kara Johnson, ex-gerente de programação, a Sony não estaria apropriadamente equipada para lidar com ambientes tóxicos, uma vez que ela estaria ciente de pelo menos 10 mulheres que teriam deixado seu escritório na Califórnia nos 4 meses anteriores a sua própria saída, indicando problemas sistêmicos. Além disso, ela teria repetidamente tentado, sem sucesso, notificar seus superiores sobre acontecimentos de preconceito de gênero, discriminação contra mulheres grávidas além de resistência de homens do RH em tomar atitudes a essas denúncias.
Outra diretora, Marie Harrington, também já havia deixado a empresa em 2019 devido a “sexismo sistêmico contra mulheres”. De acordo com Harington, era comum homens na Sony ranquearam as funcionárias por sua aparência, além de compartilhar imagens e piadas sexistas sobre mulheres. Ela ainda contou sobre um episódio onde um dos engenheiros da empresa pediu para que ela não usasse saia no trabalho pois isso o distraía. Ainda sobre esse assunto, a diretora contou também que era comum funcionários homens irem a clubes de strip e compartilhar pornografia durante o horário de almoço.
A Sony deu respostas sobre o assunto afirmando que “Embora a maioria sejam ex-funcionárias que não trabalham mais na SIE (Sony Interactive Entertainment), as questões levantadas são ou serão abordadas oportunamente, pois valorizamos nossas funcionárias e medidas proativas serão tomadas para garantir que elas tenham todas as oportunidades de prosperar e serem ouvidas.“
Agora resta apenas esperar para ver se as políticas de gestão da empresa de fato irão mudar ou os problemas continuarão acontecendo.