Poucos personagens secundários conseguem deixar uma boa impressão tão forte a ponto de ganhar um jogo próprio, mas Khazan é um desses casos! Pensando nisso, a Neople e a NEXON trouxeram The First Berserker: Khazan — um spin-off sombrio e desafiador que mergulha na origem de Khazan, o ex-general lendário do universo de Dungeon Fighter Online e antepassado direto dos Slayers.
O resultado? Um RPG hardcore brutal, carregado de uma narrativa de traição, guerra e redenção sobre a origem do primeiro Berserker, a icônica classe de DNF, além da promessa de servir combates que vão deixar qualquer fã de Soulslike impressionado. Mas, será que vale a pena mesmo? Com uma Key gentilmente cedida pela Nexon, contamos tudo sobre essa experiência nessa Review completa!
Benção ou maldição?
Khazan era um grande general do Império Pell Los e ao lado do arquimago Ozma, conquistou a glória como um guerreiro incomparável. Mas toda lenda tem seu fim e em pouco tempo eles sofreram uma punição cruel: sentenciados por traição pelo imperador, Ozma foi executado e Khazan exilado nas montanhas nevadas, abandonado para morrer. Só que o destino, ou algo muito mais sombrio, tinha outros planos. À beira da morte, Khazan encontra uma lâmina misteriosa e renasce como o primeiro Berserker.
Seja por benção ou maldição, ele não sucumbirá mais e ganha uma segunda chance para buscar vingança. Assim, os primeiros minutos do jogo cativam com uma direção de arte de tirar o fôlego, adicionando um tom sombrio, melancólico e visceral que conduz o jogador através de uma trama épica com gráficos inspirados em quadrinhos, mas que não perdem o charme com um banhos de sangue.

Combate: o verdadeiro coração do jogo
Para os fãs de combates desafiadores, The First Berserker: Khazan é um verdadeiro banquete. A jogabilidade é fluida e intensa, com um sistema de combos brutais que parecem ter saído direto de um anime de ação, com uma movimentação estilosa e grande impacto visual. O jogo exige estratégia e gerenciar a barra de Stamina é essencial para não comprometer os momentos decisivos nas lutas. Em outras palavras, Parry, esquivas e ataques precisos são a trindade do sucesso para Khazan.
A dinâmica de combate valoriza quem parte para cima, mas exige leitura de cenário, uso inteligente de habilidades e atenção total aos padrões de ataque dos inimigos. Não é um jogo que perdoa erros, e é exatamente isso que o torna tão recompensador. A variedade de inimigos não é tão original, mas oferece aquele toque clássico de RPG com criaturas desafiadoras, chefões intimidadores e que forçam o jogador a se adaptar.

Mais do que pancadaria
Eu esperava um jogo 100% focado na ação, mas Khazan tem uma narrativa interessante que equilibra vingança, redenção e uma mitologia própria. Apesar dos clichês, aos poucos, o jogo conecta a trama com momentos de flashback e diálogos carregados de tensão, momentos em que vemos Khazan dividido entre sua honra militar e a sensação de não ter mais um mestre pelo qual lutar.
A ambientação carrega um tom quase de tragédia grega, afinal, Khazan não é só um tanque de músculos e raiva — ele tem um passado da glória a queda, traumas, e motivações que fazem a jornada ter peso emocional. A história gera bastante conexão com o protagonista ao percebermos comoo mundo o trata como um monstro, enquanto nós sabemos da injustiça por trás de tudo.
O sistema de atributos de The First Berserker: Khazan é bastante honesto e intuitivo, direto ao ponto e com muitas possibilidades para criar builds diversas e extrair o melhor de nosso Berserker recém despertado. É um jogo que recompensa bem, porém, não oferece uma variação justa de armas ou armaduras. Em certo momento, é como se os equipamentos parecessem repetitivos.

Gráficos e trilha sonora
Visualmente, o jogo aposta num estilo gráfico semi-realista com um cell shading que oferece a sensação de estar em um anime. A paleta de cores vai desde o cinza gelado das montanhas até o vermelho e violeta intenso, criando um contraste que dá gosto de olhar! Aliás, a direção de arte é um show a parte e em vários momentos, e não se surpreenda caso passe um tempo contemplando um universo tão bonito saído de uma fantasia sombria épica.
E claro, não poderíamos deixar de fora a grande cereja do bolo: a trilha sonora! Aqui, o instrumental funciona como uma entidade a parte, com sons atmosféricos que deixam o clima mais imersivo e misterioso, enquanto exploramos o mundo, é como a sensação de frio na barriga ao mergulhar em águas muito geladas e turvas. Em algumas batalhas, quando a orquestra ganha força, não escapamos dos arrepios que acompanham a sensação épica de enfrentar um oponente a altura de Khazan.

Vale a pena?
The First Berserker: Khazan pode não ser o jogo mais original do mundo, mas realmente é honesto ao oferecer uma jornada épica, sistema de progressão bem desenvolvido e perfeita para os fãs de obras simples, diretas, que mergulham numa atmosfera mais pesada e focada em vingança com elementos indispensáveis de um bom RPG.
Aqui, temos a entrega de tudo o que é prometido: combate visceral, ambientação imersiva e um protagonista que é a definição de fúria encarnada, desafiando o jogador a entrar no ritmo para continuar a missão de Khazan. Por isso, se você ama descobrir a origem de personagens, explorar builds e provar sua habilidade num combate que exigirá cada vez mais do seu timing perfeito, vale a pena considerar jogar esse grande lançamento em 2025.