O que esperar da adaptação de um dos maiores best-sellers queer da década? Essa é a pergunta que muitos fãs fazem a si mesmo, visto que a lista de filmes adaptados que deram errado é extensa e isso acaba gerando uma baixa expectativa ou dúvida sobre o longa-metragem, principalmente por ser uma adaptação queer, que tende a ter uma certa cautela em seu desenvolvimento.
De acordo com a sinopse oficial da Prime Video, Alex Claremont-Diaz, filho da presidente dos Estados Unidos e o príncipe britânico Henry têm muito em comum: beleza estonteante aparência, carisma inegável, popularidade internacional… e um total desdém um pelo outro.
Separados por um oceano, sua rivalidade de longa data não foi realmente um problema, até que uma briga desastrosa – e muito pública – em um evento real se torna matéria de tabloide, criando uma barreira potencial nas relações EUA-Britânica no pior momento possível.
Entrando no modo de controle de danos, suas famílias e manipuladores forçam os dois rivais a uma ‘trégua’ encenada. Mas quando o relacionamento de Alex e Henry congelou inesperadamente começa a derreter em uma tentativa de amizade, o atrito que existia entre eles despertava algo mais profundo do que eles esperavam.
Vermelho, Branco e Sangue Azul marca a estreia como roteirista e diretor de longa-metragem do dramaturgo premiado com o Tony, Matthew López.
“Nunca imaginei que leria um livro com um personagem queer latino no centro, um personagem que é inteligente, apaixonado, imperfeito e esperançoso […] Acho que se tivesse esse livro em minha vida quando eu era mais jovem poderia ter tornado tudo um pouco mais fácil. Eu soube imediatamente que queria trazê-lo para tela.” disse ele à revista Glamour.
Toda a equipe e elenco do filme estavam focados em fazer um clássico rom-com no estilo enemies to lovers (de inimigos para amantes) mas com um toque sentimentalismo e emoção de modo leve e natural, que de acordo com os atores protagonistas, apenas Lopéz poderia desenvolver nas cenas. E claro, sem perder a energia apaixonante pelo livro.
E falando em cenas, o diretor revela que fez alguns cortes do livro, pois se tratando de 500 páginas e de um filme, era de se esperar que ele mudasse necessariamente. Mas o mesmo também revela que manteve bastante fanservice e, por se tratar de ser um livro conhecido por ser +18, a trama também é classificada desse jeito.
“É uma adaptação, não uma recitação. Gosto de pensar que como fã do romance, consegui encontrar o equilíbrio entre servir à história de Casey e, ao mesmo tempo, atender as necessidades do filme.”
Para criar o grande clima e a intimidade física de Alex e Henry, Casey McQuiston e o coordenador
Robbie Taylor Hunt garantiram que todo o desenvolvimento de química entre os dois fosse contado da melhor e mais segura maneira possível.
Treinar a linguagem física dos dois personagens foi como dançar em forma de contagens, de acordo com Nicholae Galitzine (Henry) e Taylor Perez (Alex).
“Tipo ‘1, 2, 3, 4 e pegue. 2, 3, 4 aperte.’ Isso é o que estava passando pela minha cabeça enquanto o fazíamos, para colocá-lo em nossos corpos. Uma vez que seu corpo se lembra disso, você pode segui-lo. A memória muscular é tão forte, então é só colocar sua mente em jogo.” Diz Taylor Perez.
Além dos protagonistas, Uma Thurman, Clifton Collins Jr., Sarah Shahi, Rachel Hilson, Stephen Fry, Ellie Bamber, Thomas Flynn, Malcolm Atrobah, Akshay Khanna, Sharon D. Clarke Aneeth Sheth e Juan Castano.
Com a divulgação em peso, como entrevistas interativas, posters do filme, photoshoots de cenas icônicas adaptadas do livro, teasers soltos, capa de revista GQ… tudo isso antes mesmo do trailer ser divulgado. Com todos esses tipos de fanservice muito antes mesmo da sua estreia.