Como falamos na publicação de ontem, você pode ler ou reler aqui, vamos focar esse especial do Stephen King na obra O Bazar dos Sonhos Ruins. Quem pensa que esse livro é uma história só, está enganado. O livro é uma coletânea de contos que o autor escreveu durante todo esse tempo, algumas inéditas e outras até já vistas, porém, como o mesmo diz, com algumas mudanças porque revisões sempre são feitas e acabam influenciando um pouco na história.
O livro contém 20 contos, bem diversos, alguns de terror, outros de suspense, uns mais bizarros e até mesmo um romance nada muito convencional e bem cara de Stephen King. O mais interessante é que antes de cada história o autor conta alguma curiosidade que o levou a escrever, o que o inspirou. Como por exemplo em Batman e Robin têm uma discussão, a ideia surgiu quando ele presenciou um quase acidente no cruzamento.
Um outro conto que tem um fato bem divertido é o conto Ur, em que ele fala que a história foi escrita para ser comercializada exclusivamente pela Amazon no novo serviço, no caso a empresa estava lançando o Kindle quando o convidou para escrever. Meio contrariado, ele demorou uma pouco para aceitar o pedido, mas acabou cedendo com a ajuda do seu amigo Ralph. A história é sobre um professor que, para acompanhar a tecnologia, acaba comprando um Kindle, porém na cor rosa. Por conta dessa peculiaridade na cor, King ganhou um modelo exclusivo do Kindle na cor rosa. Sensacional, né?
Um dos contos inéditos é Garotinho Malvado, que até então só tinha sido lançado em versão eletrônica na Franca e na Alemanha. E outro fato curioso é que a ideia do personagem foi tirada do clássico de Larry Williams, “Bad Boy”, porém na versão dos Beatles. A história é sobre um garotinho que é malvado apenas por ser malvado, e não o filho do demônio, que usava short e boné com hélice.
Além de contar curiosidades sobre a história, o autor também comenta muito sobre o processo de criação e como tudo isso funciona com ele. Em alguns casos a história surge por completa de uma vez só, mas em outros momentos é preciso esperar para que a xícara esteja completa, uma metáfora utilizada por King em boa parte do livro.
Escrever um livro de contos para ele é como “uma espécie de diário onírico, uma forma de captar imagens do subconsciente antes que desapareçam por completo.” Só sei que O Bazar dos Sonhos Ruins deixa um gostinho de quero mais para outras histórias curtas de Stephen King.