Em outubro, Zack Snyder irá finalmente filmar as cenas que faltam para a sua versão de Liga da Justiça, projeto que ele abandonou em decorrência do falecimento de sua filha. O novo corte é um projeto apadrinhado pela HBO Max que tornará o filme em uma minissérie de 4 episódios para a plataforma de streaming.
Espera-se ver o retorno de Ben Affleck como Batman, Henry Cavill como Superman, Gal Gadot como Mulher Maravilha e o mais polêmico de todos, Ray Fisher como Ciborgue, aparecendo no planejamento para mais ou menos uma semana de gravações, segundo o site The Hollywood Reporter.
O último é digno de nota pois Fisher se encontra em uma luta judicial contra a Warner Bros, que ele acusa de ter permitido que Joss Whedon, diretor que tomou o lugar de Snyder, tivesse uma conduta abusiva nas refilmagens que propôs.
O ator afirma que os dois executivos, agora fora de seus respectivos cargos, Jon Berg e Geoff Johns, permitiram tal comportamento por parte do diretor.
Para Fisher, Liga da Justiça seria o responsável por catapultar sua carreira. Ele passaria de um ator de teatro com participações pontuais em séries de TV teen para um dos astros do DCU, introduzido em Batman V Superman: Origem da Justiça, para ganhar destaque no filme de 2017. Até um filme solo do personagem estava arquitetado para 2020.
Tudo veio à tona em 29 de junho deste ano, quando Fisher publicou que “gostaria de retirar cada pedaço dessa declaração” junto de um vídeo seu elogiando Joss Whedon na Comic Con de 2017.
No dia 1° de julho o ator completou sua fala dizendo que a postura de Whedon foi “rude, abusiva, não profissional e completamente inaceitável”.
Os seus comentários levaram a Warner Media a abrir uma investigação sobre o caso e ele a anunciou dia 20 de agosto. Ele e a companhia debateram sobre sua cooperação, enquanto ator afirmava estar ajudando, a empresa disse que isso não acontecia.
Em 4 de setembro, Fisher tuitou que Hamada, que não tinha nenhuma relação com os responsáveis prévios pelo departamento de filmes, havia tentado depreciar Berg e Whedon em uma tentativa de poupar Johns. O estúdio respondeu afirmando que o ator não estava colaborando com as investigações.
Por sua vez, Fisher postou uma foto de um e-mail dando a entender que ele havia se encontrado com um investigador do caso. Ele completou dizendo que a Warner “escalou isso para um nível completamente diferente”, mas que ele estava “pronto para enfrentar o desafio.”
No dia 14 de setembro, Jason Momoa reacendeu a chama da discussão, publicando no Instagram que “isso deve ser investigado e as pessoas devem ser responsabilizadas.”
Segundo o The Hollywood Reporter, uma pessoa de dentro das gravações descreveu o set das refilmagens de Liga da Justiça por Joss Whedon como extremamente tenso e afirmou que o diretor estava tendo dificuldade com os atores, mas negou qualquer abuso físico ou de outra espécie.
Whedon foi o responsável por descartar a maior parte das cenas do Ciborgue e ele tinha uma postura bem diferente da abertura colaborativa de Snyder. Não ficou claro se Fisher se posicionou na época.
Atualmente o ator está conversando com a Warner sobre uma possível aparição em The Flash, que será gravado ano que vem. Com algumas opções de negociação, tais quais, aparições futuras fora do primeiro filme do velocista.
Fontes dizem que o estúdio ofereceu um acordo para a participação de Fisher em três cenas, mas o lado do ator pediu para que isso fosse dobrado. A Warner recusou e a as negociações já estão paradas por algumas semanas. Com dois lados tão conturbados, é difícil dizer qual o próximo capítulo dessa novela!