A booktuber Ju Cirqueira abriu o bate-papo “Supense Pela Manhã” convidando Raphael Montes e C. J. Tudor a se apresentarem e a falarem um pouco sobre seus livros. O encontro aconteceu na Arena #semfiltro que fica no Pavilhão Verde.
Raphael começou agradecendo a presença de todos e observando que ter um público presente em peso em um evento literário é muito importante para a cultura. C. J. Tudor seguiu com o papo e salientou que no Brasil existem muitos escritores de suspense interessantes.
Logo de início, Ju Cirqueira perguntou aos dois se eles sentiam medo na infância. Raphael explicou que foi justamente por sentir medo e dialogar com isso que começou a escrever thriller.
“Eu sou uma pessoa muito medrosa” respondeu Raphael Montes.
O que C. J. Tudor concordou.
“Eu ainda tenho medo do escuro” Tudor declarou.
A conversa teve um tom humorado e se aprofundou nas experiências dos dois autores que compartilharam com o público suas inspirações (ambos citaram Stephen King e Agatha Christie), processo criativo e explicaram como as ideias “surgem” em suas mentes.
“Ele foi minha inspiração como adolescente” disse Tudor “Stephen King sempre foi o meu herói”
Ao final, Tudor e Raphael responderam perguntas da plateia e falaram um pouco sobre as críticas que recebem em resenhas e nas redes sociais. Tudor enfatizou que é sempre bom escrever para si mesmo, sem pensar no que o trabalho vai resultar, além de revelar que tenta focar nas críticas positivas. Raphael concordou com a autora e acrescentou que alguns comentários impulsionam o autor a continuar melhorando.
“Eu acho que todo escritor tem essa pressão de fazer melhor” revelou ele.
O autor de Suicidas ainda comentou sobre a dificuldade que é ser escritor no Brasil e fez um apelo para que os leitores procurassem os autores nacionais também, citando André Vianco e Gustavo Ávila.
“Sinto que [ser escritor no Brasil] é uma batalha diária” disse Raphael Montes.
Raphael Montes é autor de Suicidas, Jantar Secreto, Dias Perfeitos, Vilarejo e Uma mulher no escuro, seu recente lançamento pela Companhia das Letras.
C. J. Tudor escreveu O que aconteceu com Annie e O homem de giz, lançados no Brasil pela editora Intrínseca.
Raphael finalmente revelou a identidade secreta da misteriosa escritora Andrea Killmore, autora de Bom dia, Verônica: ele mesmo em parceria com Ilana Casoy.