Depois do inesperado sucesso que a temporada anterior conseguiu atingir, a segunda chega para fazer o mesmo (ou quase).
De volta depois de muito tempo!
Uma coisa que ninguém pode discordar, é que a série Dark conseguiu renovar o gênero de ficção cientifica e a ideia de viagem temporal como poucas vezes vistas antes.
Para que você possa se interar do assunto e não ficar tão perdido quanto quem assiste a série pela primeira vez, a história principal gira em torno de uma cidade e uma usina (que parece não ter segurança nenhuma por que qualquer um entra e sai a hora que quer) que começam a sofrer com desparecimentos de crianças locais e o aparecimento de crianças mortas com roupas que parecem fora de seu tempo.
Na primeira temporada vemos as consequências de quando o jovem Mikkel se perde em uma fenda dimensional e vai parar no passado é aí que descobrimos que se essa viagem não tivesse acontecido, não teríamos o protagonista da história.
Um dos fatores que chama a atenção na série é o trabalho de casting incrível que fizeram. É impressionante a semelhança entre os atores que fazem o mesmo personagem no decorrer das décadas. Tanto os que já haviam aparecido quanto os novos.
Complicado mas nem tanto
Uma coisa que incomoda um pouco é a necessidade que o roteiro tem de explicar todas as relações e fatos que já ocorreram para que o espectador não se perca. Em partes isso é algo bom levando em consideração que a série exige 100% da sua atenção, mas ao longo dos episódios pode irritar um pouquinho aqueles que conseguem se manter concentrados.
Na segunda temporada, o jovem Jonas, depois de trocar de lugar com seu “eu” do futuro, começa a desvendar alguns mistérios que ficaram em aberto, e como já é característico da série, você vai se surpreender com os plot twist escolhidos como narrativa.
Prepare-se para ainda mais explosões de cabeças conforme os parentescos vão se revelando. Muitos gritos no sofá quando a história começa a dar uma de Game of Thrones com relações incestuosas (só que aqui eles não sabem) ou quando algum personagem descobre que ele é filho do filho dele, mãe dela mesma, namorado da tia, etc. É bizarro, mas por ser bizarro é que tudo fica tão legal, você nunca sabe o que pode acontecer para te surpreender.
Alguns personagens fazem muita falta na temporada dois, como o Ulrich por exemplo, mas o afastamento dele abre oportunidades para outros brilharem, como as filhas da Charlotte, Hannah ou Katharina, por exemplo. Por falar em Hannah, prepare-se para sentir ainda mais raiva dela nessa segunda temporada.
Ainda tem mais por vir
Dark conseguiu inovar em um gênero amado e um pouco ultrapassado. O gancho deixado para a terceira (e até onde sabemos, ultima temporada) deixa um gosto amargo quando pensamos no rumo que essa história pode seguir. Ao que parece pretendem incrementar ainda mais no já dificultoso entendimento do roteiro.
Se você pretende começar a assistir Dark, esteja livre de sono, com bastante atenção, disposto a ver coisas bem bizarras e principalmente, se prepare para maratonar.
Dificilmente você usufruirá de tudo que a série tem para oferecer se não tiver tempo e disposição para assistir sem interrupções muito longas. As duas primeiras temporadas de Dark estão disponíveis na Netflix.