Faz parte da normalidade, pelo menos uma vez durante a jornada chamada “vida”, ponderar sobre questões, que vão desde a razão de viver, para até o que seria a felicidade e/ou alegria de fato. Tantos sentimentos e questionamentos a serem ponderados, vividos, guardados e até mesmo lembrados. Mas e quanto a morte? O que se pode dizer a respeito dela?
É notório que ao refletir e/ou até mesmo imaginar a respeito do “fim”, muitos são “invadidos” por uma espécie de “tempestade” emocional e racional, que pode nunca acabar, principalmente quando o “desfecho” é para aqueles que mais amamos. Contudo, onde se encaixaria essa linha de pensamento, na obra Belezas Veladas de Luca Villaça? Bom, em muitos trechos dos contos e noveletas presentes no título.
Atenção: os parágrafos a seguir podem conter spoilers.
Publicada no Brasil pela Skript Editora, o título reúne duas noveletas e cinco contos escritos e ilustrados por Villaça, em que se “movimentam” entre a graciosidade que pode ser encontrada num momento de penar, e a crueldade que o ser humano pode fazer, durante a dor de perder sua própria vida e/ou um ente querido.
Dessa forma, mais que narrativas envoltas a suspense com uma pitada de horror, Luca Villaça nos traz uma impetuosa reflexão, através de sua formidável escrita e ilustrações, sobre a mortalidade e suas perspectivas, prendendo assim a atenção do público, que se vê pensativo sobre as consequências, principalmente psicológicas, que o “término” da vida pode trazer a qualquer um.