Maurício de Sousa revelou que assinou um contrato com o Comitê Olímpico do Brasil para que a Turma da Mônica pudesse participar das Olimpíadas 2020, que vai acontecer em Tóquio. A novidade foi anunciada em primeira mão durante o encontro entre ele e José Santos no espaço Pela Estrada Afora.
Eles foram recebidos com muita ovação da plateia na instalação que simula uma floresta, onde conversaram sobre seu novo livro Uma Viagem do Brasil ao Japão, publicado pela editora Melhoramentos. O evento faz parte da programação oficial da Bienal.
O bate-papo começou com Maurício de Sousa explicando que o livro funciona como uma introdução aos interessados em visitar o Japão. Logo em seguida ele explicou que o Japão faz parte da vida dele e em suas obras e que tem o interesse de conquistar o público japonês.
“Esse livro é o primeiro passo para vocês em uma futura viagem ao Japão. Tem ensinamentos e informações precisas” explicou o ilustrador.
Maurício estava muito confortável e brincou com o público ao perguntar quem tinha aprendido a ler com a Turma da Mônica. Todos levantaram a mão.“Eu não esperava tudo isso” respondeu ele sorrindo.
O escritor José Santos, com muito humor, narrou a sinopse do livro e explicou que no texto havia muitas palavras e expressão em japonês que convidava os leitores a se familiarizarem com o idioma. Eles ainda destacaram algumas palavras japonesas que fazem parte do dia a dia dos brasileiros, como “biombo”, “kimono”, “sushi”, “arigatô” e outras.
Em dado momento, a plateia perguntou ao criador da Turma da Mônica quando ele começou a desenhar. Maurício compartilhou com a plateia que na infância, entre 3 a 4 anos, fazia uns “rabiscos” e foi assim que iniciou sua carreira, pois seguiu nesse caminho e fez cursos de profissionalização.
Aproveitando-se dessa pergunta, ele aconselhou aos interessados em desenhar a sempre praticar, brincar e mais tarde se profissionalizar, sem esquecer de ler muito. Maurício enfatizou que é necessário “brincar de desenhar”. José Santos concordou com o ilustrador sobre a leitura.
“Só vira autor quem é um grande leitor” disse o escritor “Tem que ler, ler e ler muito”.
Maurício também revelou que seus personagens – principalmente Mônica e Magali – foram baseados em seus filhos e familiares e, inclusive, aconselhou aos pequenos que eles utilizassem essa dica.
“Criem seus personagens com base nas pessoas que vocês conhecem bem”
Ele ainda brincou que seus netos o cobram para que ele os coloque em seus trabalhos.
“Meus netos perguntam: pô vô quando que você vai nos colocar na história?”
Para exemplificar, o ilustrador contou como nasceu Magali. Ele a criou baseada em sua filha que, quando criança, chegou a comer uma melancia inteira – não é à toa que a personagem acompanha este símbolo. Ele revelou que a filha come muito até hoje e que, ainda por cima, não engorda, arrancando risadas dos participantes.
O livro Uma viagem do Brasil ao Japão começa com Mônica ganhando um prêmio de redação. Por causa disso, ela e a turminha vão para o Japão e mais quatro cidades brasileiras, onde vivem famílias de imigrantes japoneses. O Sr. Takeda, avô de Keika, os acompanha porque foi convidado para apresentar um gato-robô chamado Neko, sua mais nova invenção. A turma então aproveita para fazer turismo e aprendem sobre os costumes e tradições dos japoneses.