Com um roteiro assinado por Wes Anderson, Uma Crônica Francesa é uma carta de amor ao jornalismo e à escrita.
Com mistos do retrô, doses kitsch, e uma fotografia de tirar o fôlego dos amantes do vintage, o longa é um grande abraço francês em seu estado mais puro.
A história se passa em Ennui-sur-Blasé, uma cidade que de blasé não tem nada. Dentro da editoria de um jornal local, um grande elenco desenvolve as histórias que montam o filme que conta com a parceria dos amigos de Anderson, Roman Coppola (CG) e Jason Schwartzman (Maria Antonieta) que também atua no longa.
Uma Crônica Francesa tem um elenco composto por nomes como Bill Murray (Os Caça Fantasma), Owen Wilson (Marley e Eu), Tilda Swinton (Constatine) e Léa Seydoux (Azul é a Cor Mais Quente), que dá um toque especial a todo o roteiro com grande experiência e caracterização.
O filme inteiro flui de maneira divertida, leve e espontânea. O fato de ser dividido em espécies de esquetes facilita muito e não cansa o telespectador. O humor é composto de forma inteligente e em alguns momentos chega a ser de difícil acessibilidade por parte do público que não está acostumado com o estilo mais cult, o que pode ser um problema para quem não esta acostumado com o diretor.
Uma Crônica Francesa mescla preto e branco com cores e até uma pequena parte feita em animação, e isso se encaixa de forma perfeita na obra, sem erros ou exageros na fotografia do filme. Bem como a trilha sonora que foi bem escolhida para cada momento e história que está sendo contada.
Apesar do humor presente podemos sentir o sabor da melancolia nas entrelinhas da história, o que funciona bem para o espectador.
Não ficam pontas soltas, tampouco enfadonho em nenhum momento, cada crônica é contada de forma única mas conseguem combinar bem entre si. O final tem emoção é a cereja do bolo para quem ama ou vive da escrita.