Tudo que é bom um dia chega ao fim, lolovers! Na última sexta-feira (21), a novela “Beleza Fatal” chegou ao seu término, e todos os capítulos estão disponíveis na Max. Sob a direção de Raphael Montes, a novela se tornou um sucesso de público, ressignificando as produções tradicionais da televisão. A trama é protagonizada por Camila Pitanga, Camila Queiroz e Giovanna Antonelli (confira a crítica ao longo da matéria).
“Beleza Fatal” é uma novela de impacto que investiga os limites entre vingança e justiça, ambientada no mundo da beleza e dos procedimentos estéticos. Sofia (Camila Queiroz) carrega uma dor profunda desde a infância, quando sua mãe foi injustamente presa, vítima de uma trama elaborada por sua prima, Lola (Camila Pitanga). Ao ser acolhida pela família Paixão, liderada por Elvira (Giovanna Antonelli), Sofia encontra apoio em sua luta por reparação.

A família Paixão também enfrenta sua própria tragédia: a filha Rebeca está hospitalizada após uma cirurgia plástica mal-sucedida. Juntas, Sofia e os Paixão, unidas pela dor e pela busca por justiça, planejam derrubar Lola e os responsáveis por suas desgraças. Contudo, o reencontro de Sofia com um amor do passado a leva a questionar até onde está disposta a ir para se vingar. Na medida que se aprofunda em sua busca obsessiva por reparação, ela percebe que o preço da justiça pode ser mais alto do que jamais imaginou.
A produção é um completo sucesso, superando todas as expectativas do público, que foram criadas durante o período de divulgação. O êxito dessa novela deve-se principalmente ao comprometimento da equipe em entregar uma trama que diverte, abordando pautas importantes sem a militância exagerada que caracteriza muitas produções de televisão aberta atualmente.

A família Paixão é intensa em todos os arcos, e Giovanna Antonelli entrega uma performance poderosa como Elvira, aproveitando muito bem sua jornada. Ao lado de Lino, interpretado por Augusto Madeira, ele se destaca como um personagem determinado, disposto a defender sua família. Por outro lado, Alec, com um arco raso, se torna o elo mais fraco da família, apresentando a pior evolução em comparação aos demais.
Esse ponto também se aplica à família Argento. De modo geral, seus membros têm enredos que se tornam irrelevantes quando pensamos em cada um individualmente. Com exceção de Gisela, interpretada por Julia Stockler, que em cada passo da personagem conquistou o público, terminando a novela se tornando a melhor versão de si mesma, servindo de inspiração. Julia entregou uma atuação sensacional, fazendo história.
Camila Pitanga, que estava afastada dos holofotes, fez um retorno triunfal ao interpretar a vilã Lola Argento. Sua personagem é clássica e fenomenal, as nuances que Camila traz são meticulosamente fortes e exageradas, exatamente o que a personagem precisava. Ela vai além do superficial, e isso é retribuído com carinho pelo público. Lola gerou grande movimentação na internet, com suas frases icônicas e críticas céticas a pautas cotidianas.
A dinâmica com o filho Gabriel acaba afetando mais o próprio personagem, tornando-o chato e sem profundidade. Ele impõe uma moral muito alta dentro da trama, tornando-se irrelevante durante toda sua participação, enquanto dinâmicas mais interessantes poderiam ser exploradas.

Sofia Fernandes, vivida por Camila Queiroz, é a típica beleza fatal em todos os sentidos. Iniciando como uma garota boazinha em busca de justiça, ela vai além, sem medo de passar por cima das pessoas. Sofia se propõe a conquistar sua vingança, não importando o preço. Ela faz o que é necessário, e até pior, para que tudo aconteça. Esse é o impacto que Camila entrega durante toda a novela; ninguém espera que a vítima se torne agressora para obter justiça, o que torna o ciclo da personagem fatal.
Após o lançamento de todos os capítulos, é possível afirmar que “Beleza Fatal” é a melhor novela da atualidade, especialmente quando comparada a outras produções de televisão aberta. A trama traz uma nova visão de criação e posicionamento de mercado para as novas produções do gênero.