Escape Room é um filme para agradar o público mainstream de terror sem causar ódio ao crítico que está há tempos esperando algo que não decepcione completamente (Oi, vocês viram Slender Man?).
No longa, Zoey (Taylor Russell), Ben (Logan Miller), Jason (Jay Ellis), Mike (Tyler Labine), Amanda (Debora Ann Woll) e Danny (Nik Dodani) acabam se arrependendo de não terem feito uma maratona de escape rooms no click-jogos ou em qualquer outro site de point and click. Levados pela promessa de 10 mil dólares para quem vencer o jogo de escapar, eles se vêem numa sala de recepção e precisam seguir as regras, desvendar os puzzles e vencer as salas, para tentarem sair com vida desse jogo.
Escape Room se aproveita da fama de alguns desses atores e da febre de jogos de Scape Room que estão rolando lá fora (e em alguns locais aqui no Brasil) pra chamar o público pra tentar desvendar os puzzles junto com esses 6 estranhos.
Com computação gráfica bem utilizada e atuações legais (personagens ligeiramente caricatos, mas nada que realmente incomode) a atenção aos detalhes da cenografia torna o filme visualmente atraente. Já a direção, parece querer coisas diferentes para cada parte da história, tendo cortes muito rápidos no início e usando ângulos diferentes em certas cenas.
Fora a explicação final, o filme caminha muito bem, sem barrigas e com background pra cada personagem. Alguns diálogos são fracos, mas ninguém está esperando um Oscar de roteiro pro filme. É possível se identificar com alguns personagens e até se empolgar com o que está acontecendo. Não é o tipo de filme em que você fica confuso, mas ele também não é previsível a ponto de atrapalhar a sua experiência.
Uma parte que incomoda de verdade é a classificação indicativa do filme: 14 anos. Isso impede que as mortes sejam explícitas. Como não mostrar sangue e mortes num filme de tortura física e psicológica? Desaponta… mesmo. O Gore nessa categoria de filme é necessário para completar o enredo.
O desfecho também me desapontou um pouco. Uma ação menos elaborada agradaria mais, nem sempre se precisa de um final forte para que o filme seja bom. Ainda mais quando todo o resto estava legal. Esse fim também expande a ideia central e abre espaço para uma possível continuação. Se mantiverem a ideia central de escape room, pode virar uma franquia… como a já citada “Jogos Mortais”. Que tenham bom senso para não transformar algo ligeiramente promissor em uma catástrofe.
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