Junta a menina de Orange is The New Black, o garoto da capa amarela e balão vermelho, um NPC, os olhos do David Bowie e temos The Prodigy, traduzido no português para Maligno. (Pessoal da tradução, o nome em inglês estava bem melhor… num tinha uma tradução menos genérica pro filme?)
Dirigido por Nicholas MCarthy , Maligno é um filme de terror que conta a história de um casal com um filho super dotado e suas dificuldades de tentar entender o que está acontecendo com a criança, que começa a apresentar comportamento agressivo, falar em línguas ao dormir, agride colega em sala de aula, entre outras coisas.
A mãe é interpretada por Taylor Schilling (Piper – Orange is the New Black), o pai é Peter Mooney, mas como brinquei lá em cima, ele é um NPC (Non Player Character), se o filme fosse sobre uma mãe solteira, daria no mesmo pra história.
Já a criança… pra essa precisamos destacar. Lembra do Gergie, lá de IT – A Coisa? Aquela criança que dá início ao filme é o personagem principal de Maligno, interpretado por Jackson Robert Scott. Gente.. esse menino, Miles, atrai coisa ruim que é uma beleza hahaha mas a atuação tá supimpa! Fiquemos de olho, esse garoto pode brilhar ainda no cinema.
A história te apresenta a suposição de que um serial killer reencarnou em Miles e quer tomar posse permanente do corpo dele.Aí a situação se embola. O filme apresenta um conceito de reencarnação diferente do convencional espírita. Mas o que embola mais é que tudo fica previsível.
Do meio pro fim, tudo é previsível, os caminhos tomados pelos personagens já estavam claros há muito tempo, o filme perde o teor de suspense. Existem também momentos em que Miles se olha no espelho e vê o reflexo do serial killer, mas essa função junto com a trilha de susto se repete demais e perde o feeling do jumpscare.

Destaque também pra cena que fez TODO o cinema rir: uma montagem tosca em CG do rosto do serial killer na criança. Sério, pra que? A cena é hilária e desmancha o clima de suspense do filme.
Talvez o filme tenha sido mais previsível pra mim, que estou acostumada com a temática, ao sair do cinema ouvi muitas pessoas dizerem que gostaram bastante. Mas no teor crítico, essa previsibilidade precisa ser destacada pra ver se a gente consegue mostrar pros roteiristas que se mudar, fica melhor!
Por fim, o filme deixa coisas em aberto que PODEM VIR A SE TORNAR UMA SEQUÊNCIA. A meu ver, não viram não. Não que o filme seja ruim a esse ponto, mas se seguirem esse pensamento ele perde a essência, destrói o todo o personagem principal construído. E isso sim seria uma grande falha no roteiro.