É difícil falar de Velozes e Furiosos pois eu cresci junto com os filmes e os personagens, então me sinto parte da grande família deles, mesmo assim é impossível negar que nos últimos 2 filmes a franquia mudou drasticamente. Podem falar o que quiser sobre a saga não respeitar nenhuma lei da física ou qualquer coisa do tipo, mas nunca vão poder dizer que eles não respeitam a família e o legado.
Velozes e Furiosos 10 não é um filme feito para agradar pessoas que não gostam da saga, ele é um filme feito para os fãs, para a grande família de Dom Toretto ao redor do mundo, que já sabem que vão assistir um filme que desafia tudo que conhecemos sobre a vida. O filme não é para ser levado a sério e nunca foi sobre ser fiel a realidade, velozes e furiosos são filmes sobre família e carros, isso eles sempre vão servir não importa em qual lugar se passa, na terra, como Tokyo e Rio de Janeiro ou até fora do planeta.
Velozes e Furiosos 10 é o começo do fim da franquia original, durante o filme todo fica claro que essa saga está acabando, mas não significa que este é o final do universo de Velozes e Furiosos, o futuro pode ser bastante promissor com uma nova franquia comandada pelo filho do Dom, o “Brianzinho”.
Esse filme é o “Homem- Aranha: Sem volta para casa” para fãs de Velozes e Furiosos, ele é uma grande reunião de todos os personagens que já passaram pela franquia, e está apenas preparando terreno para o grande final que seria basicamente o “Vingadores: Ultimato” versão de carros, Vin Diesel já havia falado que o final da saga vai ser dividido em três partes e o final do filme confirma isso, ah e claro tem cena pós crédito e muito boa por sinal.
Uma frase perfeita é dita no filme que pode definir muito bem toda a franquia “É quase como um culto só que com carros”, realmente todos os personagens da família são praticamente deuses imortais e se os próximos dois filmes que vão finalizar a franquia original não mexerem na história de Brian personagem do Paul Walker vai ser um final perfeito, pois apesar do ator ter falecido ele continua presente em espírito em todos os filmes da saga, as pequenas homenagens dos filmes dão um toque reconfortante, eles realmente eram uma família, o legado que Paul Walker deixou para trás é lindo.
O elenco conta com muitos rostos conhecidos e amados pelo público, como sempre Vin Diesel brilha como Dominic Toretto, o nome dele já diz tudo, ele nasceu para fazer Velozes e Furiosos, ele realmente é o combustível que alimenta essa franquia toda, mas Jason Momoa é quem chama mais atenção no filme, ele interpreta Aimes, um vilão caricato e completamente insano, definitivamente um dos melhores vilões de todos os filmes da saga, e ele mostra que tem capacidade de fazer um bom vilão maluco. Outros destaques do filme são John Cena, o papel de Jakob definitivamente é uma das melhores atuações dele, ele traz humor para o filme, Leo Abelo Perry, o mini Brian, que rouba as cenas com o seu talento mesmo ainda sendo uma criança e Brie Larson que surpreendentemente encaixou muito melhor em Velozes e Furiosos do que em Capitã Marvel, ela finalmente conseguiu brilhar. A única e maior reclamação sobre elenco foi o fato que eles botaram a atriz portuguesa Daniela Melchior para interpretar uma personagem carioca, porque quando ela fala português brasileiro tem muito sotaque de paulista.
A trilha sonora do filme continua sendo um dos elementos mais marcantes da saga, com músicas de Rap, Reggaeton até Kpop mas ironicamente esse filme que retorna ao Rio e tem um vilão brasileiro, só tem uma música brasileira… As músicas hispânicas são o grande destaque e um dos momentos mais importantes do filme toca o famoso hit de Daddy Yankee Gasolina.
O filme entrega tudo que prometeu e finalmente a saga está voltando a ser boa como antes, além do retorno de personagens famosos da franquia o filme conta com várias participações especiais de cantores e atores como Easter Eggs e um deles é a cantora brasileira Ludmilla.