O YouTuber brasileiro de jogos conhecido como Xbox Mil Grau está sendo rechaçado pela comunidade gamer do Brasil e no mundo depois de ter proferido falas racistas em meio aos protestos anti-racismo motivados pela morte de George Floyd.
No meio de uma live no período em que o mundo lamenta a morte de um cidadão negro por um policial branco, um dos participantes da live que o dono do canal Henrique Martins promovia, uma pessoa falou a frase.
“têm que voltar para a senzala. Nunca deveria ter deixado de ser escravo. Se é para ser isso daí a cultura dos caras”
Depois da enxurrada de críticas e uma denúncia ao chefão internacional da marca Phil Spencer, a Xbox do Brasil exigiu que Martins, removesse tudo relacionado a marca do seu canal do YouTube, Twitch e redes sociais.
Não parando por ai, outras denúncias surgiram contra Henrique Martins, desta vez até mesmo com falas transfóbicas, e mais comentários racistas.
Aqui ele compara os fãs do console PlayStation e judeus como “sub-raça”.
“Racinha, Sub raça, que você vai humilhando ali, igual os nazistas fizeram com os judeus[…]não vejo como gente”
https://twitter.com/ricardonauts/status/1268630069729202178?s=21Em um dos trechos apresentados uma pessoa na live ameaça de dar “tapas na cara” no filho do Azaghal (um dos fundadores e donos do grupo Jovem Nerd) Alan Duboc que é transsexual, Mil Grau sorri neste momento. Sobre o ataque ao seu filho o empresário se manifestou no Twitter.
Um dos jornalistas mais respeitados da indústria dos games, Jason Schreier também comentou o caso e alega que a Xbox durante muito tempo apoiou o Streamer.
“Muitos jogadores brasileiros têm falado sobre esse canal de fãs do Xbox no YouTube com um histórico de comentários racistas e sexistas. O Xbox Brasil condenou o canal via Twitter na terça-feira, mas o Xbox trabalha com eles há anos, apesar de reclamações e clipes”
https://twitter.com/jasonschreier/status/1268661593702903808?s=21Outro que comentou o caso foi o diretor de arte do estúdio da Sony Santa Mônica Raff Grassetti.
“O Xbox postou uma nota sobre eles esta semana, mas eles fazem isso há anos. A indústria brasileira é muito melhor que isso, é hora de acabar com isso”
Retrospecto
O Cabana do Leitor publicou um artigo sobre mulheres e jogos no caso Razer, o texto de autoria de Ana Carolina Barth questionava um suposto desleixo da marca com mulheres gamers. O YouTuber estão fez um vídeo com claro incentivo de ataque a jornalista que desativou suas redes sociais.
Apoio contra o racismo e transfobia
Vários criadores de conteúdo e gamers estão exigindo que o Youtuber e a Twitch remova o canal XMG (agora sem o nome Xbox) das suas respectivas plataformas.
Como resposta ao racismo e a transfobia do streamer e influencer a Twicth apenas deu uma punição de 14 dias e o Youtube até agora não se pronunciou.