Parece que o objetivo da Disney em fazer um filme com pessoas reais sobre a lenda de Mulan – e que modificou boa parte da história da animação, com o pretexto de agradar o público chinês – não foi uma boa estratégia.
A agência de notícias Reuters informa que o governo chinês vestaria vetando a cobertura da imprensa local sobre o lançamento do filme. Com a estreia nos cinemas locais prevista para esta sexta (10), a Disney tinha grandes esperanças em fazer uma boa bilheteria com o longa na China, mas agora ela terá que fazer isso sem apoio da imprensa, e isso com um filme que custou US $ 200 milhões.
Recebido com críticas mistas na web e com os limites de capacidade dentro dos cinemas devido às medidas de prevenção do coronavírus, provavelmente serão situações pesarão em seu desempenho de bilheteria, mesmo antes de os principais meios de comunicação receberem uma notificação os proibindo de cobrir o lançamento do filme.
Três fontes disseram à Reuters que os meios de comunicação receberam o aviso, dois dos quais disseram que foi enviado pela Administração do Ciberespaço da China. Uma quarta fonte de um grande jornal chinês disse que ele recebeu uma mensagem de texto com uma ordem semelhante a de outros colegas.
A proibição, especula a agência, teria ligação com a região em que Mulan foi parcialmente filmado, na província de Xinjiang. Os créditos finais de Mulan incluíram um agradecimento às autoridades de lá, o que motivou pedidos no exterior para um boicote ao filme. A repressão da China aos uigures étnicos e outros muçulmanos em Xinjiang tem sido criticada por alguns governos, incluindo os Estados Unidos, e grupos de direitos humanos.