Um jogo sem fim e sem ganhadores que levaria 4 bilhões de anos para ser completamente explorado é um dos lançamentos mais aguardados da indústria do videogame nas últimas décadas.
Desenvolvido pelo estúdio independente Hello Games, o jogo “No Man’s Sky” [Céu de ninguém, R$ 130, para Windows e Playstation 4] trabalha com um universo aberto — os jogadores podem fazer seus próprios caminhos no mapa, sem seguir um roteiro estabelecido— com mais de 18 quintilhões (1.8×1019) de planetas, muitos deles com a sua própria fauna, flora e especificidades geológicas.
Em “No Man’s Sky”, você joga como um astronauta á bordo de uma espaçonave e percorre cenários que são ao mesmo tempo nostálgicos e futuristas — são uma versão nostálgica sobre o futuro. Cada jogador inicia sua viagem em um planeta desconhecido e é a primeira pessoa a caminhar sobre a superfície daquele planeta.
A partir daí, fica a critério do jogador: é possível explorar o planeta ou seguir para o próximo. As estrelas vistas na tela não são meros enfeites, são planetas “reais” onde o jogador pode pousar (tudo sem a interrupção de uma tela de carregamento). Oceanos profundos e desertos habitados por larvas carnívoras gigantes são algumas das coisas que os exploradores podem encontrar nos planetas virtuais.
Mesmo assim, há uma dose de realismo e poucos planetas possuem formas de vida. Além disso, o que determina a existência de vida são fatores lógicos: planetas mais próximos do Sol provavelmente serão desérticos, enquanto os mais distantes serão frios demais para abrigar vida e assim por diante. Com possibilidade de jogo online e offline, o universo é partilhado e jogadores podem trocar coordenadas de planetas e compartilhar informações sobre quais possuem vida ou quais são perigosos, por exemplo. Dado o tamanho do mapa, combinar coordenadas pode ser a única forma de encontrar um outro jogador.
O jogo não tem um objetivo final, mas a ideia é alcançar o centro da galáxia, o que levaria 40 horas sem fazer nenhuma atividade extra no caminho, segundo o programador Sean Murray, criador de “No Man’s Sky”.
Fonte: Omelete e Folha de São Paulo.
Revisado por: Bruna Vieira.