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Cabana do Leitor > Livros > Resenha > Resenha | Rede de Sussurros
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Resenha | Rede de Sussurros

Thaís Rossi
Thaís Rossi 7 de janeiro de 2020
Atualizado em 2020/01/07 at 10:00 PM
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Considerado um Thriller Feminista, Redes de Sussurros foi o grande lançamento que compôs a caixa #11 do clube Intrínsecos, da editora Intrínseca, lançada em outubro de 2019. Ele foi escrito por Chandler Baker, que viu em sua escrita uma oportunidade para apoiar o movimento #MeToo. A situação se intensificou em 2017 após o jornal New York Times trazer à tona a reportagem de Jodi Kantor e Megan Twohey sobre as alegações de abuso e assédio sexual de diversas mulheres contra o produtor de cinema Harvey Weinstein.

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Rede de Sussurros é o sexto livro – e único publicado no Brasil – da autora, que é formada em Direito e atualmente trabalha como advogada coorporativa em Austin, no Texas.

A história gira em torno de Sloane, Ardie e Grace, todas advogadas na empresa Truvit, uma das maiores empresas de roupas esportivas do mundo. Juntas, levam o conceito de união feminina bem a sério e procuram sempre ajudar uma a outra, seja no trabalho ou nas questões pessoais. A vida dessas três mulheres começa a mudar quando o presidente da empresa morre repentinamente e Ames Garret – um homem machista, misógino e aproveitador é cotado para substituir o falecido figurão.

Sabendo da conduta repulsiva de Garret, as três amigas chegam ao limite da paciência – que nenhuma mulher deveria aprender a suportar – quando o futuro chefe faz de uma funcionária recém-contratada seu mais novo alvo. Cansadas de verem as atitudes de Ames serem empurradas para baixo do tapete, elas decidem tomar uma atitude. O que não esperavam é que paralelamente às ações um acontecimento fatal mudaria drasticamente suas vidas e de todo o corpo de funcionários da Truvit.

“Começamos a nos perguntar: ao sussurrar, estávamos guardando os segredos de quem, afinal? Os nossos ou os deles? Nosso silêncio acabava protegendo os interesses de quem no fim das contas?”

A leitura de Rede de Sussurros é, sem dúvidas, extremamente necessária. A primeira coisa a se observar é a maneira como Chandler desconstrói toda a imagem da mulher perfeita. Diferente das personagens – retratadas em grande parte das histórias de ficção como incansáveis – nesse livro as protagonistas são o retrato fiel das mulheres reais: exaustas, insatisfeitas com o tratamento desprezível que recebem da sociedade, que batalham para serem levadas a sério, que engolem sapos etc.

Outro ponto a se destacar é o fato de Baker jogar sal nas feridas de uma sociedade onde a mulher é ensinada a se calar para não perder seu espaço. Rede de Sussurros reserva também um espaço para mostrar a dificuldade que vai muito além dos escritórios da Truvit. Usando seus personagens principais e secundários, Chandler deu uma verdadeira aula sobre assédio moral e sexual, bullying, importância da voz das mulheres dentro de casos de injustiça e o problema na romantização da maternidade. Tudo isso dentro de uma obra envolvente criada para estourar a bolha de quem a lê.

“Queríamos ser tratadas como homens no ambiente de trabalho pelo mesmo motivo que as pessoas têm smartphones: porque isso facilita a vida”

Já o antagonista, Ames, representa a face fiel da sociedade corporativa. Ele é machista, misógino, manipulador, ganancioso com delírios de grandeza que, para quem está de fora, parece ser extremamente íntegro e cheio de valores morais e familiares. O leitor consegue entender que a dedicação da autora em deixar o seu caráter explícito serve para que pessoas que estejam lidando com esse tipo de problema saibam reconhecer os “Ames” do dia a dia, aqueles que fazem de suas vidas um inferno.

Por trás de uma história bem construída, conhecemos uma triste realidade: casos como o das três protagonistas são mais comuns do que se pensa. De acordo com uma pesquisa organizada pelo o site Exame, 34% das mulheres já sofreu algum tipo de abuso sexual em ambiente de trabalho e apenas 2% dos abusos são denunciados. Muitas mulheres são coagidas, através de ameaças de exposição a se calarem diante desses assédios. Outras não denunciam por acharem que a justiça favorece aos assediadores e temem represália.

“Como assédio sexual era uma coisa que acontecia com mulheres, acredite ou não, não gostávamos de admitir que tínhamos sido assediadas. Isso seria o mesmo que admitir que o fato de sermos mulheres importava”

A grande verdade é que, ainda que os assediadores sejam punidos pela justiça, o pior fica para as mulheres que, apesar de serem VÍTIMAS, são humilhadas e culpabilizadas pelo trauma que passaram. Como pedir ajuda a um sistema que foi criada para favorecer o homem?

A narração da história, feita em primeira pessoa por uma mulher, é crucial para o entendimento da trama, pois, com essa técnica, a autora faz o leitor viver na pele a vida de uma mulher (para os leitores homens, isso é uma experiência nova). Com uma linguagem bem-humorada, acessível e dramática, Chandler dá uma verdadeira aula sobre empoderamento, aceitação e feminismo.

“Nosso legado seriam nossas palavras. Gritadas bem alto. Para todos ouvirem. Estávamos fartas de implorar que acreditassem em nós. Não pediríamos mais o benefício da dúvida. Não pediríamos mais permissão. A palavra era nossa. Ouçam.”

Uma coisa a se aprender com a leitura é que você não está sozinha. Em algum lugar do mundo existe uma mãe cansada que às vezes desejou não ter sido mãe ou uma mulher sendo diminuída por não querer filhos. Existem milhares de mulheres que se sentem inferiores por não se enquadrarem em padrões machistas da sociedade; mulheres que já foram culpadas após terem sofrido abusos; mulheres que já julgaram outras mulheres porque o machismo faz com que elas fiquem umas contra as outras. Ao redor do globo existe várias de nós que foram caladas, ridicularizadas, não levadas a sério ou que foram injustamente julgadas apenas por serem do sexo feminino.

A mensagem que a obra nos deixa é clara: mulheres, não devemos nos calar! Foi-se o tempo onde mulheres eram educadas para serem troféus e sorrir após um tapa. Foi-se o tempo em que nosso silêncio era lei e nossa última sentença era “sim senhor!”. Ninguém tem direito de diminuir, ameaçar, ou fazer com que qualquer mulher de poder sinta que não deveria estar ali.

Em caso de assédio moral, sexual, abusos físicos ou psicológicos, denuncie, faça barulho e busque justiça. Você não está sozinha!

Tags Caixa Intrínsecos, Clube intrínsecos, editora intrínseca, Harvey Weinstein, intrínseca, Movimento MeToo, Rede de Sussurros
Thaís Rossi 7 de janeiro de 2020
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