*Contém Spoilers*
A partir de hoje, toda semana terá review dos episódios dessa série que eu tanto amo. Os episódios anteriores não tiveram reviews, porque eu não fazia parte do site antes.
No ano passado, lá no início dessa história, escrevi um texto defendendo com todas as minhas forças que a série tinha potencial para melhorar e, de fato, melhorou.
Os eps. 2×01 e 2×02 mostraram uma evolução relevante em relação à tonalidade da série: fotografia, efeitos, lutas e atuação. O ar está mais pesado, transmitindo mais seriedade. As lutas estão melhores coreografadas, mais violentas e bonitas de se ver. Os efeitos visuais também melhoraram, tiveram mudanças nos Portais utilizados pelos feiticeiros e Shadowhunters, na magia de Magnus e na morte dos vampiros, sitando alguns exemplos. Talvez a mais notável melhoria seja aquela feita na Lâmina Serafim, que agora não se parece tanto com ” Sabres de Luz de brinquedo”.
Cenas Iniciais:
Diferente dos dois episódios anteriores, que iniciaram exatamente de onde pararam, Parabatai Lost começou com um flashback entre Alec e Jace: o momento no qual se conheceram. Posso dizer que morri de amores pelo pequeno Jace, todo confiante, do jeito que deve ser. Os atores fizeram um ótimo trabalho ao captar a essência dos personagens nessa cena.
Depois disso, vemos Magnus explicando para Izzy a situação de Alec. Por ir fundo demais à procura de seu Parabatai, parte da alma de Alec acabou por ficar presa entre ele e Jace, por isso o rapaz não acordava. Somente Jace poderia trazê-lo de volta.
“Estava fazendo o que sempre faz. Manipulando as pessoas para que elas resolvam seus problemas. E agora Alec está pagando o preço.” — Magnus
Um momento marcante do início foi quando Jocelyn vai até o quarto de Alec para avisar Isabelle que Clary está de volta e Magnus joga muitas verdades na cara dela. Na cena, nota-se Jocelyn reconhecendo o quanto nas suas decisões, tanto que momentos adiante ela ajuda Jace numa cena emocionante, em um diálogo doloroso.
Maia e os lobisomens:
Pensei em começar esse tópico comentando como Jace a conheceu, mas é impossível não focar a atenção nessa personagem maravilhosa que mal chegou e já é rainha de tudo.
Nunca fui muito fã da Maia nos livros, não sei bem por quê. Nesse episódio ela estava simplesmente incrível: o jeito como se apresentou para Jace e como foi atrás de vingança pela amiga, mesmo dificultando o plot principal. E quanto a transformação dela no hospital? Beeeem superior a temporada anterior que nem sequer mostrava. A evolução chegou a causar arrepios! Ainda, ela sabe reconhecer a autoridade de Luke e obedecê-lo.
“Maia. I said stand down” — Luke
Essa e as outras cenas de interação entre os lobisomens (e Jace) foram muito importantes para o público entender como a política Shadowhunter realmente funciona. Os lobisomens tem uma organização própria, todavia esperam que os Caçadores de Sombras façam algo por eles. Mesmo que Jace não pudesse ajudar naquele momento por causa de Alec, percebemos que os Submundanos, em gera,l não são prioridade.
Flashbacks:
Eles me fizeram querer chorar — isso se eu não tiver chorado mesmo, mas aí é segredo. O primeiro eu já comentei e, após esse, temos outro de Jace e Alec em treinando e conversando sobre como são uma boa dupla. Jace sendo pretencioso e Alec “salvando-o”, o que faz Jace ter certeza que eles deveriam ser Parabatais.
“Um dia, alguém vai amar você, por inteiro.”
Além desses, tem o flashback da Izzy com Alec, mostrando a jovem treinando com o chicote, sempre maravilhosa e sábia com as palavras. O episódio em si pode não ter deixado tão claro o quanto ela se importa e entende o irmão, porém esse flashback em especial compensou a cena deletada que seria responsável por arrancar mais lágrimas.
Por último, e mais importante, o flashback do juramento Parabatai. De início eu fiquei meio apreensiva, pois por causa da paixão por Jace na época, Alec estava receoso e se atrasou para a cerimônia. Contudo, quando ele chegou e a cerimônia começou eu não me aguentei.
“Rogo não deixá-lo,
ou voltar após segui-lo;
Pois, para onde fores, irei,
E onde estiver, estarei;
Os teus serão os meus,
e teu Deus, o meu Deus,
Onde morreres, eu morrerei, e lá serei enterrado.
O anjo o fez para mim, mas também.
Nada senão a morte partirá a mim e a ti.”
E ainda, a cena alterna com o presente, com Jace recitando o juramento para um Alec ainda desacordado. Eu preciso dizer, a atuação do Dom nessa cena ultrapassou todas as expectativas e deu um show. Foi emocionante e não tenho outra palavra pra descrever. Não vou superar esse episódio nem tão cedo!
Simon
Entre um drama e outro, não podemos nos esquecer de Simon, que ainda luta pra lidar com o vampirismo e agora está com problemas em lidar com sua mãe também. Ela que está preocupadíssima com o filho que não volta para casa e teve uma recaída no álcool.
Com isso, a história abre portas para vermos mais da amizade entre Simon e Clary, que largou tudo para ajudar a encontrar a mãe desaparecida do amigo. E teve aquela cena específica do beijo na bochecha, o que será que isso significa para Climon?
E ainda tem Raphael em cima dele para que ele encontre Camille. Muitos podem achar que Raphael não tem boas intenções, principalmente quando ele foi até a mãe de Simon alegando ser o empresário da banda do rapaz, mas eu acredito que ele tenha feito isso, pois no fundo Raphael se importa — mesmo que minimamente — com Simon. #Saphael
Depois desse episódio maravilhoso que elevou nossas expectativas para o resto da temporada, só nos resta aguardar ansiosamente para a próxima semana e ver como a história vai se desenrolar com Jace na Cidade dos Ossos e Valentine tentando leva-lo de volta para seu lado.