Dois homens isolados em uma ilha cuidam dia e noite dos afazeres do local e de seu farol, até serem consumidos por seus próprios pensamentos e delírios.
Dirigido por Robert Eggers (A Bruxa) este definitivamente não é um filme para qualquer um. Não será um blockbuster, mas se tornará um clássico num piscar de olhos.
Filmado todo em preto e branco e com lentes de 35mm, o filme nos apresenta a estranha e as vezes nojenta convivência de Ephraim Winslow (Robert Pattinson) e Thomas Wake (Willem Dafoe), enquanto enlouquecem de tédio e querosene com mel na ilha do farol.
Primeiro que a fotografia desse filme é maravilhosa… o que não é um trabalho fácil quando o quadro de filmagem é menor e o filme é em preto e branco. Os vários tons e sombras saltam aos olhos e são um deleite, mesmo com a pouca locação do filme.
As atuações são doidas. Doidas mesmo. Ao ponto do Willem Dafoe comer terra de verdade e os dois atores terem filmado o ponto ápice completamente bêbados. E ainda assim… são extraordinárias. Ouso dizer que é o melhor trabalho da carreira de Robert Pattinson. Então obrigada, crepúsculo, por esse atorzão da poha.
A trilha basicamente se concentra nos sons ambientes, o que não a torna menos imponente, mas sim, enlouquecedora. O filme todo é meio claustrofóbico e dá muito nervoso.
Existe toda uma simbologia e referências, mas também há uma boa dose de loucura e “interprete como quiser” nesse roteiro. Ele não vai te apresentar todas as respostas, mas pode render boas discussões.
Indico a quem curte muito um “filme cult”, um gore louco e pra quem está curioso. Alguns amarão. Outros… se contentarão com a experiência de ter visto uma vez e já tá bom. Eu sou o segundo caso. É um filme maravilhoso nos critérios cinematográficos, mas enfadonho e confuso, briga de macho pra ver quem tem o maior pinto.
Ainda assim, vale seu ingresso. Assiste e diz pra gente o que achou!