Yara Flor é a nova personagem e Mulher-Maravilha, apresentada em Future State da DC, e a brasileira da Amazônia já está em uma busca revolucionária, diferente de qualquer ato mostrado por seu antecessor, para assim tornar o mundo melhor. Apesar de atitudes leves para uma heroína, no título dos quadrinhos Superman/ Wonder Woman, ela mostrou o quão significativa é a sua missão.
Atenção: os parágrafos a seguir contêm spoiler.
Em Future State:Superman/ Wonder Woman #1 por Dan Waters, Leila del Duca e Nick Filardi o leitor vê logo de cara o novo Superman, Jon Kent, desfrutando de seu café enquanto está sentado no topo de um dos arranha-céus de Metrópolis. Tal cena é imediatamente contrastada com um ambiente da cidade de São Paulo (Brasil), onde helicópteros enchem os céus para os ricos viajarem facilmente, mesmo quando as ruas abaixo estão abarrotadas com o trânsito. Até que um helicóptero corta um prédio e cai do céu, sendo “salvo” pela Mulher-Maravilha que o pega.
Ainda assim, não se trata de salvar as pessoas dentro do helicóptero, uma vez que a heroína arranca a porta da estrutura do helicóptero, erguendo o homem dentro, um político e vereador da cidade, conhecido como “Senhor Soasa”. Ela o repreende por suas falhas em reconstruir as estradas, assim como a infraestrutura da cidade, já que sua prioridade de fundos tem sido a construção de helipontos para que os ricos fujam do trânsito, enquanto “os engarrafamentos prendem pessoas comuns nas rodovias por horas e horas”.
Felizmente, graças a sua ação rápida, as pessoas comuns foram salvas de serem esmagadas pelo helicóptero do político, contudo, Yara não está disposta a deixá-lo simplesmente sair do local sem antes ter uma conversa, pois ela exige saber para onde o dinheiro da infraestrutura foi, pressionando a cabeça de Soasa contra o fundo da cadeira do helicóptero destruído, sugerindo-o que deveria tentar achar o dinheiro atrás da almofada de seu assento.
Todavia, Superman e Mulher-Maravilha têm dois encontros na narrativa, ambos motivados pelo surgimento de múltiplos sóis no céu. Quando o deus sol brasileiro, Kuat luta contra Solaris (o Sol Tirano no espaço), incêndios florestais eclodem nas florestas tropicais. Uma vez que os heróis apagaram o fogo, Yara explica a Jon, como as ações de Kuat contribuíram para essa ocorrência, entretanto, o herói descarta a possibilidade de que o inimigo possa ser um deus, exemplificando assim ao leitor, a diferença entre sua visão de mundo, que é científica para aquelas das origens mágicas de Yara Flor, além de demonstrar uma perspectiva de “deboche” das tradições religiosas brasileiras.
Mais tarde, os heróis se encontram em um restaurante localizado em Metrópolis, onde Superman insiste que na melhora mundial diante das recentes mudanças na infraestrutura global, mas a Mulher-Maravilha discorda. Sem ter sentidos sobre-humanos, ela não poderia “sentir” os incêndios ocorridos anteriormente, mas sabia que a floresta tropical estaria em “perigo” devido à agricultura excessiva, que torna as florestas mais inflamáveis. Como ela mesma fala, “não importa quantas semanas de trabalho de três dias ou governos sindicalistas rotativos o mundo coloca em prática, pessoas poderosas jogam o sistema.”.
Logo, Yara Flor, a nova Mulher-Maravilha está engajada em ajudar as pessoas forçando os que estão no poder a decretar mudanças, algo que ela sente não poder fazer se unisse à Liga da Justiça.